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Porta-voz diz que governo não comenta mais comemoração do golpe militar

O porta-voz falou com os jornalistas após a realização de um jantar que ocorreu na residência oficial do primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu

O porta-voz da Presidência da República, Otávio Santana do Rêgo Barros, desconversou sobre a data de 31 de março de 1964, mencionada por uns como um golpe e por outros como uma revolução, quando questionado sobre se houve comemoração dentro do governo de Jair Bolsonaro. "Já falamos no último briefing que a Presidência não comenta mais (esse assunto)", disse durante entrevista coletiva realizada no King David Hotel, onde está hospedada a comitiva presidencial em Israel.

O porta-voz falou com os jornalistas após a realização de um jantar que ocorreu na residência oficial do primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu. "O primeiro-ministro e a esposa receberam o presidente Jair Bolsonaro, o senador Flávio Bolsonaro e o chanceler Ernesto Araújo em sua própria casa", descreveu. Os assuntos do encontro, segundo ele, envolveram a visita ao país, mas, principalmente, temas de família.

Rêgo Barros informou que Bolsonaro recebeu duas camisas do anfitrião, mas que não fez retribuições. "O presidente recebeu duas camisas, foi um clima amistoso, em um ambiente de família. Não sei está previsto fazer a retribuição, em princípio sim", disse.

Sobre a possibilidade de a Petrobras fazer exploração de óleo e gás offshore, como relatou o ministro das Minas e Energia de Israel, Yuval Steinitz, o porta-voz disse não ter informação, mas que poderia aprofundá-la nos próximos dias. Disse que todos os ministros da comitiva se colocaram como um canal de contato entre o governo e empresas.

Em relação à visita de Bolsonaro ao muro das lamentações, prevista para esta segunda-feira com o acompanhamento inédito de Netanyahu, em reta final de campanha para eleições parlamentares no início do próximo mês, Rêgo Barros disse que o presidente depositará seus desejos e orações no local. "Assim devemos compreender a ida ao Muro das Lamentações. O presidente não está avaliando essa visita sob nenhum aspecto que não apenas o emocional ou religioso", considerou.