Em visita oficial ao Chile para o encontro da Cúpula Presidencial de Integração Sul-Americana, o presidente Jair Bolsonaro reservou, nesta quinta-feira (21/3) alguns minutos na agenda para fazer a tradicional ;live; no Facebook. Na transmissão, o chefe do executivo comentou a prisão do ex-presidente Michel Temer e falou como serão os dias no país vizinho. Para ele, a mais recente ação da Lava-Jato é "consequência da forma como a política é feita no Brasil".
Ao lado do porta-voz, general Rêgo Barros, do chefe do GSI, general Augusto Heleno, do deputado Hélio Lopes, e do ministro da Controladoria-Geral da União, Wagner Rosário, Bolsonaro falou por aproximadamente 34 minutos. Começou agradecendo aos que desejaram feliz aniversário a ele, que completou 64 anos nesta quinta.
O presidente relembrou sobre o ciclone que atingiu Moçambique, como já havia se pronunciado no Twitter, lamentou a tragédia e disse que se solidarizou junto ao presidente Filipe Nyusie. "Estamos à disposição", disse.
Sobre a viagem aos Estados Unidos, relembrou a reunião que teve com o presidente norte-americano, Donald Trump, criticou parte da mídia brasileira que disse que a presença do filho, o deputado Eduardo Bolsonaro, ofuscou a importância do cargo do ministro de Relações Exteriores, Ernesto Araújo, e relembrou a visita à sede da CIA. "Foi uma viagem que foi muito proveitosa", disse.
General Heleno disse que a simpatia e o acolhimento do presidente Trump foi impressionante, diferente de outras vezes que esteve em viagens oficiais aos EUA.
O líder brasileiro comentou, ainda, as críticas que recebeu nas redes sociais e na grande mídia sobre a isenção de visto concedida, unilateralmente por ele a turistas norte-americanos. Disse que considera uma boa decisão e que os benefícios virão em breve, inclusive, sobre a possibilidade de alguns grupos de brasileiros também serem isentos do documento para entrar nos Estados Unidos.
Sobre a prisão preventiva de Temer, sem citar o nome do ex-presidente, Bolsonaro disse ser comum que chefes do Executivo participem de esquemas em geral e que isso é "ineficiência do Estado e corrupção". Mais cedo, ao desembarcar em Santiago, capital chilena, ele disse que "cada um responde por seus atos".
Viagem oficial
No Chile, Bolsonaro participará de um encontro com lideranças chilenas, da Argentina, Peru, Colômbia, Paraguai e Equador. A pauta principal é lançamento do Prosul, nova aliança entre países latinos-americanos, sem a presença da Venezuela, exintinguindo, assim, a União das Nações Sul-Americanas (Unasul).
No sábado, o líder brasileiro e o presidente chileno, Senastián Piñera, se reunião no Palácio de La Moneda, para debater pautas bilaterais. Uma comitiva brasileira seguirá no país até a próxima segunda-feira (25/3) para finalizar um acordo para troca de informações e dados com objetivo de combater a corrupção entre os dois países.
Assista a transmissão na íntegra
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