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Senador Marcio Bittar, correligionário de Temer, diz que não tem partido 'santo'

O senador Marcio Bittar (MDB-AC), correligionário do ex-presidente Michel Temer, preso hoje pela manhã, disse a jornalistas nesta quinta-feira, 21, que o sistema não poupou ninguém e que não há partido "santo". Na avaliação do senador, não houve abuso de autoridade. "Aconteceu, aconteceu. Tem que absorver. Pensa em uma coisa que foi democrática: foi a apuração de irregularidades. Se tem uma coisa que ficou provada nesses anos todos é que o sistema não poupou ninguém. Não tem um partido santo. Um do bem e um do mal. Somos da ética e vocês não são", afirmou. De acordo com o senador, a apuração de irregularidades é uma lição para todos os políticos, de vereador a presidente da República. "A Justiça tem que funcionar. Vou soltar fogos? Não, como não soltei fogos quando o Lula foi preso. Você ter três ex-presidentes da Câmara presos, dois ex-presidentes presos. Isso é motivo para eu ter regozijo com isso? Não, mas a Justiça precisa funcionar." A prisão de Temer tem como base a delação do doleiro Lucio Funaro. No ano passado, Funaro entregou à Procuradoria-Geral da República (PGR) informações complementares do seu acordo de colaboração premiada. Entre os documentos apresentados estão planilhas que, segundo o delator, revelam o caminho de parte dos R$ 10 milhões repassados pela Odebrecht ao MDB na campanha de 2014.