O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), suspendeu sua agenda de trabalho assim que soube da prisão do ex-presidente Michel Temer e do ex-ministro de Minas e Energia Moreira Franco. Um grupo de cerca de 20 deputados, entre eles líderes partidários, já estava na residência oficial para conversas com o presidente. De acordo com alguns deles, partiu de dois parlamentares a iniciativa de adiar os encontros para não haver constrangimentos.
De acordo com os deputados, Maia estava sereno e tranquilo. Moreira Franco é padrasto da mulher de Maia. Antes das prisões de Moreira e do ex-presidente Michel Temer, Maia foi à residência oficial do Senado para um café da manhã do DEM com empresários e políticos chineses. Depois, o deputado recebeu o embaixador da Itália no Brasil, Antonio Bernardini.
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Fontes confirmaram que Maia retomará sua agenda de conversas nesta tarde, quando receberá alguns líderes partidários em sua casa. Na agenda oficial divulgada pela assessoria de imprensa da Câmara, estava prevista a ida de Maia a uma sessão solene em homenagem ao Dia Nacional da Advocacia Pública, no plenário da Casa, e a participação dele na sessão ordinária de votações. Esse tipo de agenda, no entanto, normalmente não é cumprida pelo presidente.
Além destes dois compromissos, a agenda previa ainda um encontro com o diretor de cooperação internacional da Fundação Konrad Adenauer, doutor Gerhard Wahlers, e outro com o deputado Sílvio Costa Filho (PRB-PE) e com o presidente da Confederação Nacional de Municípios, Glademir Aroldi.
Além de Temer e Moreira, o ex-ministro da Casa Civil Eliseu Padilha também é alvo da operação deflagrada hoje. O ex-ministro se encontra em Porto Alegre.