Politica

Jair Bolsonaro chega à Casa Branca para encontro com Donald Trump

Eles fazem um aperto de mãos no Salão Oval. Em seguida, será servido um almoço de trabalho e uma entrevista coletiva conjunta ocorrerá nos jardins da Casa Branca

postado em 19/03/2019 13:14
Bolsonaro na Casa Branca com Trump
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta terça-feira (19/3), que irá apoiar a entrada do Brasil na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), um pleito brasileiro. "Eu estou apoiando o Brasil para entrar na OCDE", disse, no Salão Oval da Casa Branca, onde recebeu o presidente Jair Bolsonaro, por volta das 13h. O pleito é visto pelo Brasil como um selo de confiança internacional e tem sido defendido pelo ministro da Economia, Paulo Guedes.

Questionado sobre facilitação de vistos a brasileiros, Trump afirmou que essa possibilidade é cogitada, mas rapidamente mudou de assunto para criticar o nível de comércio entre os dois países. "Pensando muitas coisas em diferentes opções, também estamos pensando facilitar os vistos, mas o comércio que temos com o Brasil não é tão bom como deveria ser. Temos que trabalhar para que seja o melhor possível", afirmou o americano.

Os dois presidentes trocaram camisetas de futebol. Trump presenteou Bolsonaro com uma camiseta de um time americano, com nome do Bolsonaro escrito atrás. Já Bolsonaro deu uma camisa da seleção brasileira com o número 10, do Pelé, e o escrito "Trump" nas costas. Bolsonaro estava acompanhado do filho mais novo, o deputado Eduardo Bolsonaro.
Bolsonaro terá uma conversa reservada, de cerca de 20 minutos, com Trump, da qual participarão apenas os dois e os intérpretes. Em seguida, haverá um encontro ampliado com as comitivas brasileira e norte-americana, no Salão Oval. Ao final, nos jardins da Casa Branca, Bolsonaro e Trump farão uma declaração à imprensa. Há a previsão de entrevista coletiva com direito a quatro perguntas, das quais duas feitas por jornalistas americanos.

Venezuela

Trump, reafirmou que avalia "todas as opções" para forçar a saída do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, cujo mandato é desconhecido como resultado de eleições fraudulentas. "Todas as opções estão na mesa", disse Trump a repórteres na Casa Branca.

"É uma pena o que está acontecendo na Venezuela", acrescentou ele ao receber o presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, outro feroz crítico de Maduro.
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;Os EUA estão contigo!'

A Casa Branca antecipou um relançamento das relações bilaterais desde a eleição de Bolsonaro em outubro passado. E, para isso, aposta na relação pessoal entre ambos."Os dois vão se dar muito bem", garantiu Bolton, que visitou o Brasil para se reunir com Bolsonaro em novembro.

Trump não hesitou em confirmar seu apoio minutos após a posse de Bolsonaro em 1; de janeiro: "Os Estados Unidos estão contigo", tuitou. "Realmente haverá um eixo Norte-Sul das duas maiores economias do hemisfério ocidental", disse à imprensa um funcionário de alto escalão do governo Trump, para quem a vitória de Bolsonaro "rompeu muitos tabus" sobre a influência dos Estados Unidos na região e na esquerda.

"Vou abrir meu coração"

Bolsonaro disse que a conversa entre ambos se baseará, em grande medida, no processo de ajuda mútua. "Temos muito em comum", disse Bolsonaro na segunda-feira à noite à rede Fox News. "Estou disposto a abrir meu coração para ele e fazer o que for em benefício tantos dos brasileiros como dos americanos", afirmou.

O Brasil deseja ingressar na OCDE, um clube de ricas democracias. E Washington fará todo o possível para ajudar, disse esse funcionário do governo americano, que pediu para não ser identificado. Segundo a imprensa local, os Estados Unidos também poderão conceder ao Brasil o status de "aliado preferencial fora da Otan". Isso abriria as portas para tecnologia, cooperação e recursos de defesa.

Além das novidades esperadas no plano agrícola e comercial, "a Venezuela certamente será parte da discussão", em particular pelo bom vínculo entre os militares venezuelanos e brasileiros, disse a mesma fonte ouvida pela AFP. A crise venezuelana também estará no centro da agenda, quando Bolsonaro se reunir, nesta terça, com o secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro.
Com informações da Agência France Press, da Agência Brasil e Agência Estado

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