Na preparação para um período mais intenso de trabalho na Câmara, após o carnaval, os líderes da Casa têm um encontro marcado na próxima segunda-feira, 11. Na pauta, os parlamentares vão tentar definir algumas das principais comissões permanentes do parlamento e também uma pauta mais ampla de projetos prioritários para o primeiro semestre.
A principal expectativa é em relação à definição da Comissão de Constituição, Cidadania e Justiça (CCJ), a única que deve ter o martelo batido no início da próxima semana. O colegiado é a porta de entrada da maioria dos projetos que passa pelo Congresso. Havia uma perspectiva de que a CCJ fosse instalada no fim de fevereiro.
No entanto, o presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse que ainda precisava conversar com o PT para fechar o desenho das comissões. A CCJ é a comissão que analisa se as propostas respeitam princípios constitucionais. Ela ficará sob o comando do PSL, maior partido da Casa e única sigla a ser considerada, até agora, como da base do governo.
O partido do presidente Bolsonaro deve indicar para a presidência do colegiado, o deputado Felipe Francischini (PSL-PR), filho do delegado e deputado estadual Fernando Francischini (PSL-PR). Na vice-presidência deve ser indicada a deputada Bia Kicis (PSL-DF). A expectativa é que ela tenha uma participação ativa no colegiado e na aprovação da Nova Previdência nessa instância.
Outras pautas devem ser discutidas na reunião, além da reforma e do pacote do ministro da Justiça, Sérgio Moro, para que a Câmara não fique "refém de apenas estes dois projetos", segundo uma fonte.
O líder do governo na Câmara, Major Vitor Hugo (PSL-GO) deverá apresentar uma pauta própria, previamente aprovada pelo presidente Bolsonaro, durante o encontro.