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Politica

Líder do PR diz que separação do caixa 2 facilita trâmite de projeto de Moro

O líder do PR na Câmara dos Deputados, José Rocha (BA), disse que a separação da criminalização do caixa 2 permitirá uma tramitação mais fácil do projeto de lei anticrime elaborado pelo ministro Sérgio Moro, que será entregue em mãos ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), na tarde de hoje. O fatiamento da proposta foi revelado pelo Estadão/Broadcast. "Eu acho que sim", disse, ao ser questionado pela reportagem se a tramitação será mais fácil separando-se o caixa 2 do pacote principal. Ele observou, no entanto, que a forma como vão tramitar os projetos ainda não está definida. O trâmite dependerá do que for deliberado pelo colegiado de líderes na Câmara, do qual Rocha faz parte. Ele antecipou, no entanto, que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), sinalizou uma tramitação conjunta entre o projeto de Moro e um outro apresentado no ano passado, também dentro da segurança pública, elaborado por uma comissão de juristas presidida pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. O deputado, aliás, é um dos três deputados que subscreveram o projeto de lei elaborado por uma comissão de juristas no ano passado propondo mudanças. "Ainda está para decidir, provavelmente tem posições para que o projeto (de Moro) seja apensado ao do Alexandre de Moraes que eu subscrevi. Então nós vamos ver se vai tramitar conjuntamente. Rodrigo Maia sinalizou nessa possibilidade. Vamos estudar e ver se realmente é a melhor possível", disse José Rocha. Questionado se a separação do caixa 2 pode fazer que a medida fique em segundo plano, Rocha disse em um primeiro momento que isso dependeria de decisão colegiada e não caberia a ele comentar, mas depois relativizou a gravidade do crime. "O próprio Moro hoje disse que o caixa 2 não é crime. Tá aí na imprensa ele dizendo", disse o deputado. Informado pela reportagem que a afirmação de Moro não foi essa, e sim de que caixa 2 é um crime diferente de corrupção, o deputado mudou o discurso. "É um crime eleitoral, é o que ele disse. Então vamos discutir", afirmou.