O caso
A queda de Bebianno de um dos cargos mais importantes do governo começou após denúncias de que uma candidata do PSL à Câmara dos Deputados havia sido usada como laranja, nas eleições de 2018. Maria de Lourdes Paixão concorreu pelo estado de Pernambuco e teve um número inexpressivo de votos, na contramão da quantia destinada à ela durante a campanha. A candidata recebeu R$ 400 mil reais do fundo partidário. À época, Bebianno era presidente do PSL.
Bebianno havia dito à imprensa que não havia crise no governo, e que já teria conversado com o presidente sobre o assunto e que estava tudo bem. No olho do furacão, o agora ex-ministro passou a ligar para Bolsonaro, que estava internado no hospital Albert Einstein, em São Paulo, após ser submetido a uma cirurgia, para a retirada da bolsa de colostomia que usava desde a facada que recebeu, em 6 de setembro do ano passado.
Carlos Bolsonaro negou que Bebianno e o presidente tivessem conversado e chamou o então ministro de mentiroso. Nas redes sociais, ele publicou um áudio, onde Bolsonaro "dispensa" o ministro e deseja-lhe "boa sorte". A desculpa era de que o chefe do executivo só estava tratando, por telefone, assuntos de extrema importância, por recomendação médica. O tuíte foi compartilhado por Bolsonaro no dia seguinte.
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