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Bebianno: 'O tempo é o senhor da razão. Vou falar depois'

Confira entrevista com Gustavo Bebianno

Seis perguntas para

Gustavo Bebianno, ministro da Secretaria-Geral da Presidência

Era um homem abatido. Gustavo Bebianno deixou, no começo da tarde de domingo, o hotel onde reside e se isolou desde o início da crise política para almoçar. Ele passou uma hora e meia com amigos próximos numa mesa do Tejo, restaurante de comida portuguesa na 404 Sul. Na saída, Bebianno relatou à reportagem que ainda tenta ;equalizar; todo o processo que deverá resultar na sua exoneração do cargo. Cortês, tirou selfie com um eleitor e disse que não era hora de comentar o assunto.

Quais os próximos passos do senhor?
O tempo é o senhor da razão. Vou falar depois. Por ora, vou ficar quieto, acalmar minha cabeça. Quem sofre uma injustiça dessas não fica com a cabeça boa. Antes dos meus interesses, pode parecer clichê, mas não é, estavam os interesses do país. Trabalhei, fiz o que fiz por garra, não foi por emprego ou para ganhar dinheiro.

O senhor trabalhou nos últimos dois anos para eleger o presidente...
Não sou perfeito, mas (abaixa a cabeça)...

O senhor fez alguma coisa que tenha levado o presidente a optar pela sua saída?
Absolutamente nada. Zero.

Há uma injustiça?
100%. O presidente sabe.

Sabe?
Sabe, não é maluco.

Qual a posição do senhor em relação ao vereador Carlos Bolsonaro? Ele passou dos limites?
Vou falar depois que sair. Na hora certinha eu falo. Estou equalizando minha cabeça.