O ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Gustavo Bebianno, permanecerá no cargo. Pelo menos até segunda ordem. Em reunião com os ministros-chefes da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, e da Secretaria de Governo, Santos Cruz, o recado foi de que o presidente Jair Bolsonaro acatou as sugestões de permanência do auxiliar.
A permanência de Bebianno foi defendida pela cúpula militar e civil do Planalto entre quarta e quinta-feira, após o retorno de Bolsonaro a Brasília. O discurso é de que uma demissão do ministro passaria a sinalização de insegurança política. Algo que o Palácio do Planalto quer evitar, sob risco de não conseguir montar base de apoio para a aprovação da reforma da Previdência.
O ministro-chefe da Secretaria-Geral é suspeito de liberar verbas para candidaturas laranjas quando ainda era presidente do PSL. As acusações pegaram mal no entorno político de Bolsonaro, embora a Polícia Federal (PF) ainda não tenha concluído o inquérito sobre as investigações. ;Bebianno permanece, pelo menos por ora. O momento é de apagar o incêndio, conversar, e não ampliar o foco;, disse um interlocutor do Planalto.
A continuidade de Bebianno no posto foi decidida em reunião na manhã desta sexta-feira (15/2) entre Bolsonaro, Onyx e Santos Cruz, no Palácio da Alvorada. Também participou do encontro a deputada Joice Hasselmann (PSL-SP). Com o martelo batido pelo presidente, Santos Cruz e Lorenzoni passaram o recado à Bebianno em uma reunião no Planalto.