O presidente Jair Bolsonaro (PSL) volta a despachar no Palácio do Planalto a partir da segunda-feira (18/2). A afirmação é do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), que se reuniu com o pesselista nesta sexta-feira (15/2), no Palácio da Alvorada. A reforma da Previdência e a escolha do líder do governo no Senado foram as pautas debatidas no encontro.
A definição do texto da reforma foi comemorada por Alcolumbre. ;Enfim, se saiu uma decisão do governo;, disse. O senador evitou, contudo, avaliar se a matéria tem chances de ser aprovada no Congresso, ou até prever em quanto tempo ela pode ser votada no Senado. ;O Congresso, soberanamente, ouvindo a sociedade, vai tomar uma decisão;, declarou.
O Senado, segundo Alcolumbre, pode dar uma contribuição grande para a reforma dentro da própria Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa. A ideia é criar uma subcomissão especial de acompanhamento da matéria para analisar o texto mesmo quando ele ainda estiver na Câmara. É algo que está sendo construído com líderes partidários. ;Isso está sendo construído para a gente discutir passo a passo o que acontece na Câmara. Estou convencido que, se fizermos isso, estaremos dando uma contribuição para a proposta;, destacou.
Antes de se discutir a reforma, entretanto, Alcolumbre sugeriu que Bolsonaro defina logo o líder do governo no Senado. É um papel importante para articular a base de apoio ao governo. Os senadores Fernando Bezerra (MDB-PE), Roberto Rocha (PSDB-MA) e Izalci Lucas (PSDB-DF) são alguns dos nomes especulados.
O presidente do Senado discorda que a interlocução a passos lentos do governo no Congresso seja preocupante. Para ele, é na próxima semana que as articulações evoluirão. ;Naturalmente a articulação na Câmara, que já tem líder, e com a possibilidade de termos no Senado semana que vem o líder do governo, com certeza vai dar celeridade nessas discussões para a aprovação de votações importantes;, disse Alcolumbre.