Além de Mendes, a mulher dele, Guiomar, também é investigada. No ofício, o ministro reclama dos servidores da Receita não terem sido identificados. "Tomei conhecimento dos documentos anexos, a partir dos quais deduzi que auditores fiscais não identificados da Secretaria da Receita Federal estariam realizando pretenso ;trabalho; voltado a apurar possíveis ;fraudes de corrupção, lavagem de dinheiro, ocultação de patrimônio ou tráfico de influência; praticados por mim e/ou meus familiares", escreve.
"O que causa enorme estranhamento e merece pronto repúdio é o abuso de poder por agentes públicos para fins escusos, concretizado por meio de uma estratégia deliberada de ataque reputacional a alvos pré-determinados", completa Gilmar.
Tráfico de influência
No relatório, os investigadores apontam que a principal suspeita é de tráfico de influência, o que, de acordo com o documento, "normalmente se dá pelo julgamento de ações advocatícias de escritórios ligados ao contribuinte ou seus parentes, onde o próprio magistrado ou um de seus pares facilita o julgamento".
Em resposta ao ofício, Toffoli solicitou que o secretário da Receita Federal, Marcos Cintra, e o ministro da Economia, Paulo Guedes, tomem providências em relação ao assunto. Ele também oficiou a procuradora-geral da República, Raquel Dodge.
No documento, ele cita os supostos atos ilegais cometidos pelos auditores. "Solicito que sejam adotadas as providências cabíveis quanto aos fatos narrados pelo ministro Gilmar Mendes (...) consistentes na prática de atos ilícitos e respectivos responsáveis, os quais merecem a devida apuração", escreveu