Politica

Senado escolhe na tarde desta quarata-feira a nova Mesa Diretora

A Primeira Vice-Presidência deverá ser de Antonio Anastasia (PSDB-MG). A segunda, de Lasier Martins (Pode-RS), que assinou filiação no partido nesta manhã, deixando o PSD

Paulo Silva Pinto
postado em 06/02/2019 14:57
Presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP)
O Senado vai definir na tarde desta quarta-feira (6/2) os demais cargos da Mesa Diretora, depois da escolha, no sábado passado, do senador Davi Alcolumbre (DEM-AP) como presidente da Casa. Diferentemente da conturbada sessão de escolha do principal posto, iniciada na sexta-feira e concluída só na tarde do dia seguinte, a reunião desta vez tende a ser bem mais tranquila. Os partidos, e até mesmo o nome dos ocupantes de quase todos os cargos, já estão definidos. A expectativa é de deliberação rápida no plenário, apenas para chancelar os nomes.

A Primeira Vice-Presidência deve ficar com Antonio Anastasia (PSDB-MG). A segunda, com Lasier Martins (Pode-RS), que assinou filiação no partido ainda nesta manhã, deixando o PSD. A primeira secretaria deverá ser de Sérgio Petecão (PSD-AC). A segunda, de Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), filho do presidente Jair Bolsonaro.

O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), um dos principais articuladores da eleição e Alcolumbre, protestou contra a escolha de Flávio, com o argumento de que ele é investigado pelo Ministério Público pelo recebimento de recursos que não os vencimentos oficiais quando era deputado estadual no Rio de Janeiro, até o mês passado. Argumento também que o filho do presidente não pode ocupar um cargo com essa importância no Parlamento. O PSL diz, no entanto, que não há discussão: a vaga cedida ao partido será do filho do presidente.

A Terceira e a Quarta secretarias ainda não estão definidas. Randolfe é cotado para ocupar a Quarta, ainda que, pelo critério da proporcionalidade dos partidos, não tivesse direito a isso. Pesa a seu favor a atuação para que o conterrâneo Alcolumbre saísse vitorioso na campanha para a Presidência. É a primeira vez que o MDB fica fora da Mesa em duas décadas. Com 13 senadores, o partido tem a maior bancada na casa. O PT, com seis senadores, também foi excluído.

O comando das comissões do Senado deverá ser resolvido oficialmente só na próxima semana. Mas já está em negociação, até como um dos componentes para a acomodação dos cargos na Mesa Diretora. A mais importante é a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que deverá ficar com Simone Tebet (MDB-MS). Ela perdeu a indicação do partido para ser candidata a presidente para Renan Calheiros (MDB-AL), ex-presidente da Casa. Acabou se apresentando como candidata avulsa no sábado, mas retirou a postulação, a pedido do grupo de Alcolumbre, que acabou vitorioso. O PT apoiou Renan.

Na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) deverá ficar Omar Aziz (PSD-AM). Na Comissão de Assuntos Sociais (CAS), Romário (Pode-RJ). A Comissão de Relações Exteriores (CRE), essencial para a aprovação das escolhas de nomes de embaixadores do Brasil no exterior, deverá ficar com o PR, mas o nome ainda não foi decidido.

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