A dificuldade de Moro a partir de agora é conseguir aprovar o pacote e, na sequência, provar que os planos foram efetivos contra a corrupção e a violência nas cidades. Não será uma tarefa simples, principalmente para a área de segurança pública, como mostram as críticas de especialistas da área, publicadas em documento do Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Se faltaram medidas mais específicas contra a violência urbana, a maior das controvérsias, a legítima defesa para os policiais, incluída no pacote, não deve mudar a realidade dos agentes de segurança. Basta ver os números de pessoas mortas pela polícia no Brasil.
Em 2017, o país registrou 5.012 mortes cometidas por policiais da ativa. O Rio de Janeiro foi o estado com o maior número absoluto de mortos dessa forma: 1.127. Uma busca nas condenações daria uma mostra se a ;licença para matar; já não está valendo há tempos, sem necessidade de uma legislação específica.