O presidente Jair Bolsonaro (PSL) deve permanecer no hospital pelo menos até a próxima segunda-feira (11/2). O quadro clínico do chefe do Executivo federal piorou. O boletim médico divulgado pelo Hospital Albert Einstein informa que a temperatura corporal se elevou para 37,3;C. A suspeita é de que o presidente tenha contraído uma infecção na região onde ficava a bolsa de colostomia. A equipe médica iniciou a administração de um antibiótico para acabar com a eventual infecção. Por esse motivo, deve permanecer internado por mais uma semana.
A suspeita é de que a infecção tenha sido provocada por um líquido, identificado por meio de exames de imagem. A substância se encontra ao lado do intestino de Bolsonaro, na região da antiga bolsa de colostomia. O presidente foi submetido a uma punção guiada por ultrassonografia e permanece com dreno no local. No momento, ele está sem dor, mas febril, em jejum oral, com sonda nasogástrica.
O quadro clínico inspira cuidados, admite o porta-voz da Presidência da República, Otávio Rêgo Barros. Ele ressalta, no entanto, que o presidente já apresenta movimentos intestinais e teve dois episódios de evacuação. "Segue exercendo exercícios respiratórios e musculares no quarto. Por ordem médica, visitas permancem restritas", destacou. A depender da normalização das atividades intestinais, os médicos estimam que seja possível que, em um prazo pouco mais curto, o presidente possa dar continuidade ao processo de ingestão de líquidos.
Confira a íntegra do boletim médico desta segunda-feira (4/2):
São Paulo, 4 de fevereiro de 2019.
O excelentíssimo Presidente da República, Jair Bolsonaro, está internado em Unidade
de Cuidados semi-intensivos do Hospital Israelita Albert Einstein. Apresentou, ontem à
noite, elevação da temperatura (37,3 ;C) e alteração de alguns exames laboratoriais. Foi
iniciado antibioticoterapia de amplo espectro e realizados novos exames de imagem.
Identificou-se uma coleção líquida ao lado do intestino na região da antiga colostomia.
Foi submetido à punção guiada por ultrassonografia e permanece com dreno no local.
Está no momento sem dor, afebril, em jejum oral, com sonda nasogástrica e nutrição
parenteral exclusiva. Já apresenta movimentos intestinais e teve dois episódios de
evacuação. Segue realizando exercícios respiratórios e de fortalecimento muscular no
quarto.
Por ordem médica, as visitas permanecem restritas.
Antônio Luiz Macedo, cirurgião
Leandro Echenique, cardiologista
Miguel Cendoroglo, diretor superintendente do Hospital Israelita Albert Einstein