Após anunciar a renúncia de sua candidatura para a Presidência do Senado, o senador Renan Calheiros (MDB-AL), deixou o Plenário e não participou da segunda votação do dia. Ele questionou a lisura do processo, como um todo, com desrespeito ao Congresso e ao Supremo Tribunal Federal (STF), que havia determinado que a votação deveria ser fechada.
;Na primeira votação, houve um equívoco, um voto a mais, e por conta disso, e abriram o voto do PSDB para inibir quatro possibilidades que a gente tinha. Qual é a lisura e o respeito à transparência desse processo eleitoral?;, questionou. Ele demonstrou também indignação com o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) ter declarado voto ao rival de Renan, o senador Davi Alcolumbre (DEM-AP), apoiado pelo ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni. Para ele, o processo de votação foi ;deslegitimado;.
;Na segunda votação, exigiram que o PSDB abrisse o voto e obrigaram o filho do presidente abrir o voto. Escancarou que estão passando pelo Congresso Nacional com um peso enorme isso não pode acontecer . A democracia não aguenta isso;, declarou ele, acrescentando que não vai renunciar ao mandato como fez o deputado Jean Wyllys (Psol-RJ). ;O Davi sou eu. Ele é o Golias. Atropela o Congresso, e o próximo passo é o Supremo. E não vai precisar do carro e nem do sargento;,afirmou.
Além de Renan, deixaram o Plenário os senadores Jader Barbalho (MDB-PA), Maria do Carmo Alves (DEM-SE) e Eduardo Braga (MDB-AM).