Alessandra Azevedo, Paulo Silva Pinto
postado em 01/02/2019 17:52
Por 50 votos a 2, os senadores decidiram que a eleição para a Presidência da Casa será aberta. Antes do início da votação, parlamentares discutiram e bateram boca. O senador Renan Calheiros, um dos prováveis candidatos, e outros congressistas questionaram a legitimidade do presidente da sessão, Davi Alcolumbre (DEM-AP), que também pretender concorrer.
Após a decisão, a senadora Kátia Abreu subiu na Mesa Diretora e protestou contra a decisão. A sessão, marcada para as 17h, começou pouco antes das 17h30 desta sexta-feira (1/2).
Até o horário de abertura da sessão, cinco candidatos haviam se registrado para participar do pleito: Fernando Collor de Mello (Pros-AL), Major Olímpio (PSL-SP), Alvaro Dias (Podemos-PR), Ângelo Coronel (PSD-BA) e Reguffe (sem partido-DF). Os registros podem ser feitos a qualquer momento antes da votação.
Desde quinta-feira (1/2), os candidatos contrários a Renan Calheiros (MDB-AL) buscam uma estratégia para inviabilizar a vitória do emedebista. Logo após a posse, o senador Tasso Jereissati (PSDB) desistiu da candidatura para apoiar o principal rival de Renan, Davi Alcolumbre (DEM-AP).
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Mais cedo, Alcolumbre garantiu que presidiria da sessão, mesmo sendo candidato, ao revogar um ato do então secretário-geral da Mesa Diretora do Senado, Luiz Fernando Bandeira de Mello. Ele também exonerou o secretário.
O senador Major Olímpio, que fez parte dos encontros, acredita que essa não é a melhor estratégia, porque pode resultar na judicialização do pleito. Ele disse que vai manter a candidatura, apesar das várias reuniões anti-Renan. Segundo ele, chegar a uma conclusão que agradasse a todos seria complicado como "o parto de uma girafa".
O que se sabe, por enquanto, é que a disputa contará com o maior número de candidatos desde a redemocratização. Até Collor, que não havia garantido participação no pleito até o dia anterior, resolveu participar da disputa. Ele foi o primeiro a se registrar, logo no início da tarde.
Assim que o presidente abriu a sessão, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) pediu questão de ordem para que a votação fosse aberta. Também pediu que seja feita em dois turnos.
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