Politica

Marco Aurélio nega pedido de Flávio Bolsonaro para suspender investigação

Senador afirmou que estava protegido pelo foro privilegiado e solicitou a suspensão de eventuais investigações contra ele

Renato Souza
postado em 01/02/2019 10:08
Senador afirmou que estava protegido pelo foro privilegiado e solicitou a suspensão de eventuais investigações contra eleO ministro Marco Aurélio, do Supremo Tribunal Federal (STF), rejeitou uma ação do senador eleito Flavio Bolsonaro (PSL) que tentava suspender as investigações do caso Fabrício Queiroz.

Em uma reclamação enviada à Corte, o parlamentar alegava ser protegido pelo foro privilegiado. Flávio afirmou que estava sendo investigado pelo Ministério Público estadual do Rio sem autorização da Justiça.

De acordo com ele, para ter acessos a seus dados fiscais e bancários, o Ministério Público deveria solicitar autorização do STF. No entanto, o ministro Marco Aurélio lembrou que na época dos fatos o atual senador era deputado estadual.

[SAIBAMAIS]Com o entendimento do ministro, o caso continua tramitando em primeira instância de Justiça. "Na ocasião, o senador era deputado estadual na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, tendo sido diplomado Senador da República no último dia 18 de dezembro. A situação jurídica não se enquadra na Constituição Federal em termos de competência do Supremo. Frise-se que o fato de alcançar-se mandato diverso daquele no curso do qual supostamente praticado delito não enseja o chamado elevador processual, deslocando-se autos de inquérito", afirmou o magistrado na decisão.

Queiroz movimentou R$ 1,2 milhão, em transações bancárias atípicas. Ele é suspeito de ter cometido o crime de lavagem de dinheiro enquanto era assessor de Flávio Bolsonaro.

Primeiro dia


O ministro Marco Aurélio Mello tomou a decisão antes das 10 horas da manhã desta sexta-feira (1;), logo após o Poder Judiciário retornar do recesso. O despacho foi assinado mesmo antes da sessão que marca o início do ano legislativo, no Supremo, que teve início às 10h20, com a presença dos 11 ministros do Tribunal.

Em entrevista ao Correio, na segunda quinzena de janeiro, o magistrado afirmou que sua análise do caso seria rápida.

Marco Aurélio disse que seguiria o mesmo entendimento de casos anteriores. Ele já havia negado o avanço de ações com o mesmo teor da que foi apresentada por Flávio.

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