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Lava-Jato mira pagamento de propina a executivos da Transpetro

Por meio de um escritório de advocacia, Grupo Estre Wilson repassava recursos ilegais para obter vantagens em contratos no valor de R$ 682 milhões

A 59; fase da operação Lava-Jato, batizada de Quinto Ano, mira o pagamento de propina a executivos da Transpetro relacionados a 36 contratos com valor total de R$ 682 milhões. Na ação deflagrada, na manhã desta quinta-feira (31/1), o ex-presidente de empresas do Grupo Estre Wilson Quintella Filho e o advogado e ex-executivo do grupo Mauro de Morais foram presos. São cumpridos 15 mandados de busca e apreensão e três de prisão em São Paulo e Araçatuba.

De acordo com as investigações, vantagens indevidas foram repassadas pelo Grupo Estre em contratos de serviços na área ambiental, reabilitação de dutos e construção naval da Transpetro. O esquema de corrupção ocorreu entre 2008 e 2014.

O valor da propina, de acordo com o Ministério Público, supera os R$ 22 milhões. As diligências tem como base a delação de Sérgio Machado, ex-presidente da Transpetro. Ele foi indicado e mantido no cargo pelo MDB e também recebeu propina.

O escritório do advogado Mário Moraes foi utilizado para lavar dinheiro, de acordo com a PF. O jurista recebeu pelo menos R$ 9,5 milhões.

Para tentar enganar as autoridades, os saques ocorriam de forma fracionada em instituições bancárias. De forma, o esquema dificultava o controle por parte do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf). A suspeita é de que o esquema também se expandiu para a Petrobras.