postado em 24/01/2019 06:00
A Justiça Federal em Juiz de Fora (MG) autorizou a prorrogação do segundo inquérito contra Adélio Bispo de Oliveira que, em 6 de setembro, esfaqueou o então candidato à Presidência Jair Bolsonaro. A decisão foi tomada pelo juiz Bruno Savino, da 3; Vara Federal, que acolheu pedido da Polícia Federal e manifestação da Procuradoria nos autos da investigação sobre quem financia a defesa do agressor.
Bispo golpeou Bolsonaro, que estava em campanha, numa rua central de Juiz de Fora. O então candidato foi levado a um hospital local, passou por cirurgia e depois foi transferido para São Paulo. O agressor acabou preso em flagrante e confessou o crime. A PF o indiciou por violação ao artigo 20 da Lei de Segurança Nacional ; atentado pessoal por ;inconformismo político;. Ele está recolhido a um presídio de segurança máxima de Campo Grande.
O primeiro inquérito da PF concluiu que o esfaqueador agiu sozinho. A segunda investigação foi instaurada ainda em setembro para descobrir quem financiou a defesa de Bispo. Em 21 de dezembro, a PF fez buscas em endereços ligados ao advogado Zanone Manuel de Oliveira Júnior, defensor de Bispo.
Jair Bolsonaro já acusou, mais de uma vez, que houve uma trama em torno do seu atentado e disse que há pessoas protegendo Adélio Bispo. ;Tem gente com dinheiro e preocupada em ele abrir a boca, por isso, tinha quatro advogados para defendê-lo. Eles fizeram a cabeça dele;, disparou, em entrevista ao SBT no começo do mês.
Desde a abertura do primeiro inquérito, ocorrida no dia do atentado, a Polícia Federal ouviu mais de 30 pessoas e quebrou os sigilos financeiro, telefônico e telemático de Adélio Bispo.