Parlamentares do PT, do PSol e do PSB se reuniram ontem para discutir a formação de um bloco único de oposição na Câmara dos Deputados. A intenção dos três partidos é tentar ampliar o grupo com o PCdoB, o PDT e a Rede. A expectativa é de que a formalização do bloco ocorra na semana que vem.
Os comunistas e os pedetistas, no entanto, já sinalizaram que podem apoiar a reeleição do atual presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Ele conta com o apoio do PSL, partido do presidente Jair Bolsonaro. O movimento das duas siglas rachou o bloco que havia sido formado anteriormente entre elas e o PSB.
;Não há a menor chance de o nosso partido se alinhar a Maia. Isso está descartado. Ele é o candidato de Bolsonaro e nós temos de honrar a nossa condição de oposicionistas;, afirmou Carlos Siqueira, presidente do PSB, após a reunião.
;Isso é fundamental para fazermos um enfrentamento firme do governo Bolsonaro, que já está mostrando que não tem capacidade de sustentação pelo que está acontecendo em relação ao seu filho;, afirmou a deputada eleita e presidente do PT, Gleisi Hoffmann (RS), em referência às denúncias contra o senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), filho do presidente da República.
PT, PSB e PSol reúnem 98 deputados. Se o PCdoB, o PDT e a Rede se unirem ao bloco, ele poderá chegar a 135 parlamentares Apesar dos esforços, integrantes do PT sinalizaram que podem trair o movimento e apoiar Rodrigo Maia. A votação para a Presidência da Câmara é secreta e será realizada em 1; de fevereiro.
O deputado eleito Marcelo Freixo (PSol-RJ) anunciou que disputará a Presidência da Câmara. O deputado JHC (PSB-AL) também aafirmou ser candidato no pleito. Dirigentes oposicionistas, no entanto, afirmam que primeiro é preciso consolidar o bloco para depois definir as candidaturas, que poderão ser de vários partidos do bloco.