O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, afirmou nesta quarta-feira (16/1) que Brasil e Argentina assinarão uma revisão do tratado de extradição entre os dois países para acelerar o processo. Ele falou brevemente com a imprensa após se encontrar com os ministros argentinos, Germán Garavano (Justiça) e Patrícia Bullrich (Segurança), no Palácio do Planalto.
Os chefes de Estado do país vizinho vieram com o presidente do país, Maurício Macri. Eles chegaram na cidade nesta quarta e participarão de reuniões com o presidente Jair Bolsonaro seguidas de um almoço no Palácio do Itamaraty.
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Segundo Moro, esta revisão do tratado de extradição entre os dois países "será adiantado" e dará celeridade aos processos jurídicos entre os dois países. "Às vezes tem uma situação urgente. Precisa prender o cara. E, se você seguir o canal diplomático, acontece igual o Battisti", disse à imprensa.
O ministro da Justiça se referiu à prisão do italiano Cesare Battisti, que ocorreu na Bolívia com a cooperação entre as polícias bolivianas e italianas. Ele teve a extradição do Brasil autorizada em dezembro, mas fugiu para a Bolívia, onde foi preso no último fim de semana e enviado para Itália, de onde estava longe há quase 40 anos.
"O que existe é um tratado de extradição um pouco antigo. Feito em outra época. As formas de comunicação hoje são outras e há percepção de que há uma necessidade de sempre agilizar esse mecanismo de cooperação. Esse tratado vai permitir uma comunicação mais rápida entre os dois países", acrescentou o ministro.