. "(Meu filho) Possui mérito e foi duramente perseguido anteriormente por ser meu filho", afirmou o vice-presidente. No Twitter, disse que Rossell Mourão é de "absoluta confiança do presidente do banco". "Meu filho, Antônio, ingressou por concurso no BB há 19 anos. Com excelentes serviços, conduta irrepreensível e por absoluta confiança pessoal do presidente do Banco foi escolhido por ele para sua assessoria. Em governos anteriores, honestidade e competência não eram valorizados", escreveu Mourão.
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O vice procurou Bolsonaro para explicar que não interferiu na promoção. Segundo relataram auxiliares do governo, Mourão disse não ter sido informado com antecedência da nomeação e Bolsonaro evitou fazer comentários. O clima entre assessores do presidente e ministros que despacham no Palácio do Planalto era de "constrangimento", conforme auxiliares.
A promoção do filho do vice-presidente da República alimentou, nessa terça-feira (8/1), a disputa velada no Planalto entre os grupos dos militares e civis do entorno do presidente. No palácio, assessores receberam informações de servidores do BB que ajudaram na transição de que, pela intranet, funcionários manifestaram repúdio à promoção. Nas mensagens, os funcionários observaram que havia expectativa de mudanças por parte do governo Bolsonaro dos métodos adotados pelo MDB e pelo PT de nomeações no banco.
O novo presidente do BB defendeu a nomeação. Em nota, Novaes disse que Rossell Mourão possui "excelente formação e capacidade técnica". "Antônio é de minha absoluta confiança e foi escolhido para minha assessoria, e nela continuará, em função de sua competência. O que é de se estranhar é que não tenha, no passado, alcançado postos mais destacados no banco", declarou Novaes.
Em nota, o Banco do Brasil informou que o cargo é de "livre provimento da presidência do BB e a nomeação atende aos critérios previstos em normas internas e no estatuto do banco".
O novo posto equivale a uma cadeira de um executivo, com salário de cerca de R$ 36 mil. Na prática, o salário de Rossell Mourão triplicou. A renda do posto anterior varia de R$ 12 mil a R$ 14 mil, dependendo da carga horária de seis ou oito horas. O novo vencimento do filho do vice-presidente será maior que o salário do pai, que recebe o mesmo valor do presidente da República - R$ 30,9 mil. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.