O presidente da República, Jair Bolsonaro, participa nesta sexta-feira, 4, da transmissão do comando da Aeronáutica, na Base Aérea de Brasília, seu terceiro compromisso público com militares na primeira semana de governo. O tenente-brigadeiro do ar Antonio Carlos Moretti Bermudez assume o lugar do tenente-brigadeiro do ar Nivaldo Luiz Rossato.
Como chefe das Forças Armadas, o presidente também compareceu à posse do novo ministro da Defesa, general de Exército Fernando Azevedo e Silva, na quarta-feira, 2, e foi a um jantar de boas-vindas oferecido a ele pelos comandantes militares na noite desta quinta-feira, 3.
Além disso, Bolsonaro ainda visitou as instalações do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) - embora comandado por militares, a pasta tem civis entre os servidores e subordinados, como os agentes e oficiais da Abin (Agência Brasileira de Inteligência).
O governo Bolsonaro tem prestigiado as Forças Armadas e pretende mudar a carreira militar, alterando legislações que retiraram benefícios durante o governo Fernando Henrique Cardoso. O presidente, que é capitão da reserva do Exército, já criticou a Medida Provisória 2215, de 2001, que acabou com a promoção automática dos militares reformados, o auxílio-moradia e o adicional de inatividade. O presidente defende que os militares tenham tratamento diferenciado na reforma da Previdência.
Comandante.
Bermudez tem 62 anos e está entre os oficiais generais de quatro estrelas desde 2014, posto máximo da hierarquia. Ele fez carreira na aviação de caça e estava no comando do Comando-Geral do Pessoal antes de ser escolhido como comandante da Aeronáutica.
Gaúcho de Santo Ângelo (RS), Bermudez ingressou na Força Aérea Brasileira em 1975. Entre outros cargos, ele comandou a Base Aérea de Brasília, chefiou o Centro de Comunicação Social da Aeronáutica e foi diretor do Departamento de Ensino da Aeronáutica. No exterior, foi adido de defesa e aeronáutico na Embaixada do Brasil na França e na Bélgica.