Chanceler venezuelano, Jorge Arreaza afirmou em seu Twitter, nesse domingo (16/12), que o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, foi sim convidado para a cerimônia de posse do presidente eleito, Jair Bolsonaro.
Para desmentir as declarações de Bolsonaro, que afirmou nesse domingo (16/12) que não convidará líderes de "regimes que violam as liberdades de seus povos" para o evento, Arreaza publicou em seu perfil na rede social imagens de um documento enviado pelo Ministério das Relações Exteriores em 29 de novembro, no qual informa a data da posse e convida o líder do país para assisti-la.
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Arreaza publicou, ainda, o documento que o governo da Venezuela enviou em resposta ao convite, em 12 de dezembro, no qual afirma que "não assistiria jamais a posse de um presidente que é a expressão da intolerância, do fascismo e da entrega a interesses contrários à integração latino-americana e caribenha."
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Sem convite
O presidente eleito afirmou no Twitter na noite desse domingo que não vai convidar líderes de "regimes que violam as liberdades de seus povos" para a posse dele, em 1; de janeiro.
"Naturalmente, regimes que violam as liberdades de seus povos e atuam abertamente contra o futuro governo do Brasil por afinidade ideológica com o grupo derrotado nas eleições não estarão na posse presidencial em 2019. Defendemos e respeitamos verdadeiramente a democracia", escreveu Bolsonaro na rede social.
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Mais cedo, durante caminhada na orla do Rio de Janeiro, o presidente eleito confirmou que o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, e o presidente de Cuba, Miguel Diáz-Canel, não serão convidados para a posse por serem ditadores. A declaração teve a anuência do futuro chanceler, Ernesto Araújo.
Bolsonaro voltou a dizer que muitos profissionais cubanos do programa Mais Médicos eram agentes infiltrados e trabalhavam como escravos. "Ele, Maduro, com certeza não vai receber um convite para a posse. Nem ele, nem o ditador que substituiu Fidel Castro.... Fidel Castro, não, Raúl Castro", afirmou Bolsonaro, em rápida entrevista concedida à imprensa ao parar em um quiosque, na Praia da Barra, na zona oeste, para tomar água de coco.
Ao ser questionado sobre as razões, o presidente respondeu: "Porque é ditadura, não podemos admitir ditadura. O povo lá não tem liberdade." Bolsonaro saiu de casa por volta das 15h para ir ao banco, segundo informou sua assessoria. Na volta, ele parou no quiosque para tomar água de coco. Tirou fotos com vários banhistas e cumprimentou eleitores, antes de falar com a imprensa.
"Os cubanos foram embora por quê?", questionou, se referindo aos médicos cubanos. "Porque sabiam que eu ia descobrir que grande parte deles, ou parte deles, era de agentes e militares. E não podemos admitir o trabalho escravo aqui no Brasil com a máscara de trabalho humanitário."
Sobre a boa aprovação da população, Bolsonaro afirmou que "isso reflete com certeza o bom ministério escolhido". Segundo ele, a escolha dos ministros não seguiu um critério político, mas sim técnico. "Isso dá uma esperança para o povo."
Bolsonaro encerrou a entrevista quando foi questionado sobre Fabrício Queiroz, o assessor de Flávio Bolsonaro, sob investigação do Ministério Público dentro de um esquema de "mensalinho" na Alerj.