O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF) pediu vistas, ou seja, mais tempo para analisar o caso, durante o julgamento do pedido de liberdade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, nesta terça-feira (4/12). O habeas corpus do petista foi levado ao plenário da Segunda Turma da Corte.
[SAIBAMAIS]No documento, a defesa pede que o juiz Sérgio Moro seja declarado suspeito no processo relacionado ao triplex do Guarujá. Os advogados de Lula sustentam que a parcialidade dele no caso "ficou evidente com a aceitação do convite para ser ministro da Justiça no governo do presidente eleito, Jair Bolsonaro".
No momento em que Gilmar pediu vistas, já haviam dois votos, do relator, Edson Fachin e da ministra Cármen Lúcia. Ambos se posicionaram pela rejeição do pedido de liberdade.
;O tema aqui não concerne a qualquer incidente da execução penal. Inexiste nesta impetração qualquer argumento de caráter humanitário que pode ser deduzido em habeas corpus. Os argumento a cerca da suposta imparcialidade já foram examinadas em 3 ações de suspeição interiormente apostas;, disse Fachin. Gilmar Mendes disse que precisa analisar novas provas, e acusações que foram feitas, envolvendo Moro. Com a decisão dele, o assunto só deve voltar a ser pautado na Turma no próximo ano. Lula, que está preso na Superintendência da Polícia Federalm, em Curitiba, permanece encarceirado até que caso seja retomado.