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Onyx confirma que estrutura do novo governo contará com 22 ministérios

Até o momento, Bolsonaro anunciou 20 nomes e falta definir quem vai chefiar as pastas do Meio Ambiente e Direitos Humanos

Em coletiva de imprensa na tarde desta segunda-feira (3/12), o futuro ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, confirmou que o governo eleito de Jair Bolsonaro (PSL) terá 22 pastas. A intenção inicial era de reduzir de 29 para 15 ministérios, ou seja, sete a menos do que foi concretizado. O comandante do Meio Ambiente ainda precisa ser divulgado.

O número de ministérios poderia chegar a 23, mas, na manhã desta segunda, Lorenzoni admitiu, em entrevista à Rádio Gaúcha, que Bolsonaro voltou atrás novamente e extinguirá o Ministério do Trabalho, que será desmembrada na Economia, Justiça e Segurança Pública e Cidadania.

Durante a coletiva, o futuro ministro da Casa Civil destacou que as atribuições da pasta ficarão majoritariamente na Justiça. ;Lá está, com certeza, a secretária que cuida das cartas sindicais. Vocês sabem quantos problemas tiveram nesta secretaria. Estará sob os cuidados do Dr. (Sérgio) Moro das concessões de cartas sindicais;, afirmou.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, cuidará da fiscalização e políticas públicas para o emprego e renda. ;Tem ajustes finos que vamos fazer que tem um pedacinho que fica na Cidadania;, disse. Lorenzoni. ;Trabalho escravo fica como fiscalização em Economia, assim como FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço);, completou.

A Advocacia-Geral da União (AGU) e o Banco Central (BC) são ministérios ;transitórios;. Lorenzoni explicou que BC perderá o status no momento em que o Congresso Nacional aprovar a independência da autoridade monetária. Já no caso da AGU, o governo quer aprovar uma Emenda Constitucional para dar foro privilegiado ao chefe da instituição. Após, o órgão perderá o status.

Conheça a estrutura do novo governo:

Casa Civil: Onyx Lorenzoni

Economia: Paulo Guedes

Gabinete de Segurança Institucional: general Augusto Heleno

Ciência e Tecnologia: Marcos Pontes

Justiça: Sérgio Moro

Agricultura: Tereza Cristina

Defesa: general Fernando Azevedo e Silva

Relações Exteriores: Ernesto Araújo

Controladoria Geral da União (CGU): Wagner Rosário

Saúde: Luiz Henrique Mandetta

Secretaria Geral da Presidência: Gustavo Bebianno

Educação: Ricardo Vélez Rodríguez

Secretaria de Governo: general Carlos Alberto dos Santos Cruz

Infraestrutura: Tarcísio Gomes de Freitas

Desenvolvimento Regional: Gustavo Canuto

Cidadania: Osmar Terra

Turismo: Marcelo Álvaro Antônio

Minas e Energia: almirante Bento Costa Lima

Meio Ambiente: ainda não foi nomeado (a)

Direitos Humanos: ainda não foi nomeado (a)

Advocacia Geral da União (AGU): André Luiz de Almeida Mendonça*

Banco Central: Roberto Campos Neto**

* Perderá o posto quando aprovarem a alteração legislativa;

** Perderá o posto quando aprovarem a autonomia da autoridade monetária;

Palácio do Planalto

Lorenzoni afirmou ainda que o Palácio do Planalto acomodará a Casa Civil, a Secretaria de Governo, a Secretaria-Geral da Presidência e o Gabinete de Segurança Institucional (GSI). Caberá a ele cuidar da subchefia para Assuntos Jurídicos (SAJ) e a articulação do Congresso Nacional.

De acordo com o futuro ministro, a base aliada poderá a chegar 350 deputados federais. ;Vamos ter uma atenção muito grande com a base de cada parlamentar. Não vamos usar o fechamento de questão para trazer deputados para a base;, enfatizou Lorenzoni. Ele disse ainda que o parlamentar que votar favoravelmente aos projetos do governo será considerado integrante da base. A ;nova fórmula; de articulação tenta acabar com o ;toma-lá-dá-cá;.

Bancada evangélica

Segundo Lorenzoni, a bancada evangélica tem conversado permanentemente com o governo de transição e que, apesar de diferenças de enfoque ;aqui e acolá; o elo não se desfará. ;O presidente vem com parcimônia e equilíbrio buscando fazer justiça com todos que nos ajudaram, desde que adequados com momento do Brasil;, apontou. Sobre o senado Magno Malta, que não foi eleito, ele ressaltou que tem ;respeito e carinho; e que terá espaço ;muito relevante; no governo.

O ministro ressaltou ainda que a nova gestão terá ;vários ministérios ocupados por militares e civis;. ;Dois com uma graduação, pós graduação, participantes de concursos públicos e sempre alunos de primeiro lugar. Temos perfil muito adequado com o que se comprometeu na eleição. E na eleição nunca se comprometeu a ministério para ninguém;, ressaltou o Lorenzoni.