O presidente Michel Temer disse que seu governo preparou uma estratégia de desenvolvimento econômico e social para os próximos 12 anos, que será divulgada na reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, o chamado Conselhão. Em discurso ao abrir a reunião, Temer não deu detalhes do plano, mas disse que foi fundamentado em decisões do conselho.
"O Conselhão foi recomposto e deu grande contribuição ao País. O governo foi pautado por decisões do Conselhão em questões como o teto de gastos", afirmou.
O presidente disse que as despesas do governo nunca ultrapassaram o teto de gastos e que, apesar de o projeto que criou a limitação ter sido classificado como "PEC da morte", houve elevação dos gastos com saúde e educação desde sua implementação.
Temer listou o que considera avanços de seu governo, como o fato que o déficit público deverá encerrar o ano abaixo do previsto. "A inflação, quando assumimos, era de 10% e hoje está abaixo de 4,5%. Os juros estava em 14% e veio a 6,5%. Foi com disciplina que conseguimos reverter um quadro desfavorável para o Brasil", comentou.
Segundo o presidente, será possível entregar mais dois mil ônibus para municípios com "as verbas que o ministro da Fazenda Eduardo Guardia vai nos liberar". Na semana passada, o governo anunciou que mudará o orçamento para permitir a liberação de R$ 652 milhões para gastos dos ministérios.
Reforma
O presidente também citou a reforma do ensino médio e a trabalhista entre os avanços do seu governo. "Falaram que a reforma trabalhista tiraria direitos dos trabalhadores. Mandei lerem a Constituição, uma lei infraconstitucional não poderia tirar os direitos dos trabalhadores. Nossa opção foi apoiar a parte produtiva, o empresariado e os trabalhadores", afirmou.
Temer disse ainda encontrar "extraordinário entusiasmo" em relação ao Brasil em viagens ao exterior. "Temos ideia pessimista do nosso País, mas vemos entusiasmo nos encontros internacionais", completou o presidente.