O pecuarista José Carlos Bumlai, amigo do ex-presidente Lula, começa a depor na ação penal sobre o sítio de Atibaia (SP). Segundo a denúncia da Operação Lava-Jato, o petista teria recebido propina do Grupo Schain por meio do pecuarista e das empresas OAS e Odebrecht por acordos fechado com a Petrobrás.
Os valores, que teriam chegado a R$ 1 milhão, foram pagos por meio de melhorias no sítio Santa Bárbara, frequentado pela família de Lula. Ao aceitar a denúncia, em agosto de 2017, o juiz Sérgio Moro afirmou que as provas do inquérito levavam ao entendimento de que o petista se comportava como proprietário do local e que as obras seriam em benefício dele.
Bumlai, que responde por lavagem de dinheiro, está sendo interrogado neste momento, na Justiça Federal, em Curitiba. A defesa do pecuarista nega que tenha havido pagamento de valores ilícitos a Lula. Bumlai já havia sido preso em outro processo da Lava-Jato, mas foi solto, com tornozeleira eletrônica, por estar em tratamento médico.
Com o afastamento do juiz federal Sérgio Moro, que aceitou o cargo de ministro da Justiça, a juíza substituta Gabriela Hardt conduz o processo. A juíza iniciou a audiência fazendo perguntas ao réu e depois abrirá para fala da acusação, neste caso o Ministério Público Federal.