Nos próximos dias, o presidente eleito Jair Bolsonaro deve anunciar os nomes dos ministros do Meio Ambiente, da Saúde, da Defesa e das Relações Exteriores. A previsão foi feita pelo próprio Bolsonaro hoje (9/11), durante transmissão ao vivo nas redes sociais, ao destacar a dificuldade para escolher um nome para educação. ;Educação é complicado", afirmou.
[SAIBAMAIS]Bolsonaro disse que ele vai escolher o nome para o Meio Ambiente: ;Quem vai indicar é Jair Messias Bolsonaro;, disse o presidente eleito dirigindo-se às organizações não governamentais (ONGs). O presidente eleito reclamou das multas ambientais. Segundo ele, há informações, que ainda não confirmou, segundo as quais 40% do arrecadado em multas vão para as ONGs. ;Não vai ter aquele ativismo;, avisou, sem entrar em detalhes.
Para Bolsonaro, há abusos na cobrança de multas e também na demarcação de terras indígenas. Ele disse ter sido vítima de uma denúncia infundada sobre pesca ilegal, em 2012, que o fez responder no Supremo Tribunal Federal (STF), embora tivesse comprovado que a acusação era improcedente. De acordo com o presidente eleito, uma forma de incentivar a preservação ambiental é estimular o turismo.
Defesa
Para o Ministério da Defesa, Bolsonaro afirmou que ;não abre mão de um general 4 estrelas;. Segundo ele, não faz distinção entre Exército, ou equivalente da Marinha e Aeronáutica - mas quer que seja o oficial mais graduado.
No Ministério das Relações Exteriores, o presidente eleito afirmou anteriormente que pretende escolher um diplomata de carreira para assumir o comando da pasta. Ele disse que quer um embaixador ;sem viés ideológico;.
O próximo chanceler terá pela frente que enfrentar a determinação de Bolsonaro de transferir a Embaixada do Brasil de TelAviv para Jerusalém, medida que desagrada palestinos e comunidades dos países árabes.
;Nós, no Brasil, nos damos bem com todos. Para quê criar um cavalo de batalha. Vamos parar com essa frescura;, disse o presidente eleito, na transmissão ao vivo hoje.
Elogios
Bolsonaro destacou o perfil de cada um dos já confirmados: Paulo Guedes para Economia, Sergio Moro para Justiça e Segurança, Onyx Lorenzoni para Casa Civil, general da reserva Augusto Heleno para o Gabinete de Segurança Institucional e Tereza Cristina para Agricultura, além de Marcos Pontes para Ciência e Tecnologia.
O presidente eleito disse ter observado que ;todos confiam; no economista Paulo Guedes, que comandará o superministério que vai reunir Fazenda, Planejamento e Indústria e Comércio. ;Precisamos de uma equipe para salvar o Brasil.;
Também elogiou o general Heleno, descrito pelo presidente eleito como ;um conselheiro;. Para ele, o astronauta Marcos Pontes é uma referência por sua carreira e currículo. ;Ele é perfeitamente ligado a este mundo.;
Ao se referir sobre o juiz Sergio Moro, Bolsonaro afirmou que a única exigência feita por ele para assumir a Justiça foi ;ter carta branca para combater o crime organizado;. Daí sua determinação de agregar outras áreas ao Ministério da Justiça, como Segurança Pública e um ;braço; - o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).
Também afirmou que a discussão sobre a redução da maioridade penal vai ser definida a partir de um consenso e não por imposição.
Afinidade
O presidente eleito disse ainda que a escolha da deputada federal Tereza Cristina (DEM-MS) foi uma indicação da bancada ruralista. De acordo com ele, outros gostariam de ter sido indicados e alegaram que estão ;há muito tempo; ao seu lado. ;Se for assim, tenho de colocar minha mãe, então, que está comigo há 63 anos.;
Bolsonaro disse que sua prioridade na Agricultura será garantir segurança jurídica para os produtores rurais, de tal maneira que eles ;não acordem; no dia seguinte com a terra demarcada para indígenas nem com a cobrança de multas indevidas.