.
O nome de Magalhães já havia sido citado na Lava-Jato no ano passado, em razão da divulgação de um áudio em que ele cobrava propina de R$ 4 milhões de Ricardo Saud. Antes de chegar à Assembleia Legislativa, Magalhães foi deputado federal por quatro mandatos. Há, ainda, outros dois presos: o executivo da JBS Demilton de Castro e o deputado federal eleito Neri Geller (PP/MT), que foi ministro da Agricultura em março e abril de 2014.
Delação
A Operação se baseia em delação de Lúcio Bolonha Funaro ; doleiro ligado ao MDB ; sobre supostos pagamentos de propina a servidores públicos e agentes políticos que atuavam direta ou indiretamente no Mapa em 2014 e 2015. A organização criminosa, segundo a PF, atuava na Câmara dos Deputados e no Mapa, e era formada por empresários e executivos da JBS.
"Esse grupo dependia de normatizações e licenciamentos do Mapa e teria passado a pagar propina a funcionários do alto escalão do ministério em troca de atos de ofício, que proporcionariam ao grupo a eliminação da concorrência e de entraves à atividade econômica, possibilitando a constituição de um monopólio de mercado", informou a PF. Em um dos casos, a JBS teria pago R$ 2 milhões pela regulamentação da exportação de despojos. Em outro, teriam sido R$ 5 milhões pela proibição de um remédio de parasitas de longa duração.