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Bolsonaro viaja para Brasília para ir ao Congresso e se encontrar com Temer

O presidente eleito desembarcou por volta das 9h, na Base Aérea de Brasília, para fazer a primeira de uma série de reuniões após ter vencido a eleição

O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) chegou às 6h03 da manhã à Base Aérea do Galeão, na Ilha do Governador, na zona norte do Rio, onde embarcou às 7h para Brasília. Esta é a primeira viagem dele à capital federal como presidente eleito.

Sob forte esquema de segurança, Bolsonaro chegou em um comboio composto por seis viaturas da Polícia Federal e por batedores da Polícia Militar. Um dos motociclistas acabou caindo no acesso da Linha Amarela à Linha Vermelha. Ainda não se sabe seu estado de saúde.

Ainda cumprindo mandato de deputado federal, Jair Bolsonaro estava há mais de dois meses sem ir a Brasília. Ele levou uma facada em Juiz de Fora, em Minas Gerais, no dia 6 de setembro, e desde então, passou um período internado em São Paulo e, desde o fim de setembro, não saiu mais do Rio.

O presidente eleito irá participar de uma sessão no Congresso Nacional em comemoração aos 30 anos da Constituição de 1988, evento que contará também com a presença dos chefes dos Três Poderes e da procuradora-geral da República, Raquel Dodge. Na quarta-feira, Bolsonaro deverá se reunir com o presidente Michel Temer.

Encontro com militares


O presidente eleito desembarcou por volta das 9h, na Base Aérea de Brasília, para fazer a primeira de uma série de reuniões após ter vencido a eleição. O primeiro compromisso oficial será a comemoração dos 30 anos da promulgação da Constituição, na Câmara, onde exerceu mandato nos últimos 28 anos.

Os jornalistas serão proibidos de entrar no plenário durante cerimônia; terão de ficar nas galerias. De acordo com a assessoria da Casa, o veto teria sido decidido para manter a segurança do local devido ao grande número de convidados.

No local, Bolsonaro se encontrará com os presidentes dos três Poderes. Depois da sessão, conforme a reportagem apurou, o presidente eleito deve se reunir com representantes das Forças Armadas. Bolsonaro quer fazer uma deferência ao setor e dar sinais de que a área terá importância em seu governo, ainda que poderá não ser poupada do ajuste do orçamento.

Ao jornal O Estado de S. Paulo, o vice-presidente eleito, Hamilton Mourão, que desembarcou com Bolsonaro, reconheceu dificuldades orçamentárias e afirmou que "da forma como está hoje, não há como privilegiar as Forças Armadas".

Estão previstos encontros separados com o ministro da Defesa, general Joaquim Silva e Luna, e os comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica. O encontro reservado com o presidente Michel Temer está marcado para as 15h desta quarta-feira (7/11).