"Longe de mim querer ser o salvador da pátria", disse o presidente eleito ao pastor. "Mas o país não podia continuar flertando com o comunismo, o socialismo, com o populismo, com o desgaste dos valores familiares." Bolsonaro afirmou que, durante a campanha, "em suas andanças pelo Brasil", sempre dizia que o país precisava de um presidente "homem ou mulher, que fosse honesto, que tivesse Deus no coração e que fosse patriota".
Bolsonaro contou que esteve já por duas vezes com autoridades de Israel que se colocaram à disposição para ceder tecnologia capaz de atender ao problema da falta d;água no Nordeste do país. "Com essa tecnologia, podemos fazer até melhor do que em Israel: lá chove menos do que no nosso semiárido", afirmou. "Com isso, vamos dar independência ao povo do Nordeste, para que saia das mãos dos coronéis."
Ele contou que conversou com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e com Donald Trump. Segundo Bolsonaro, o presidente americano disse que "está muito feliz" com a vitória dele na eleição brasileira.
Sobre a formação de seu governo, Bolsonaro voltou a afirmar que está em busca de nomes técnicos para os ministérios. "A consequência final do toma lá, dá cá é a ineficiência do Estado", disse. "Por isso estamos montando um ministério de pessoas técnicas, que responda aos anseios da população e não a agremiações partidárias."
Jair Bolsonaro afirmou ainda que pretende governar pelo exemplo. "Vamos valorizar a família brasileira, respeitar a inocência das crianças em sala de aula, ter uma política de enfrentamento da violência - porque não há economia com violência -, fazer comércio com o mundo todo sem viés ideológico e buscar tecnologia com países mais desenvolvidos."
O pastor Silas Malafaia, que casou Bolsonaro com sua atual mulher, Michelle, há onze anos, falou sobre a nova primeira-dama: "É uma mulher discreta, simples, que gosta do ser humano, que na minha igreja costumava servir à mesa, é prendada, gosta do ser humano e tem um trabalho lindo com deficientes auditivos", disse.