O presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), disse nesta quinta-feira, 1º, não saber exatamente que dia foi feita a sondagem ao juiz Sérgio Moro para que ele assumisse o Ministério da Justiça e da Segurança Pública. O contato foi feito pelo economista Paulo Guedes, seu futuro ministro da Economia, afirmou. "Não tem nada a ver se foi uma semana antes das eleições, um dia antes", declarou, quando perguntado sobre a declaração de seu vice, general Hamilton Mourão (PRTB), de que Moro foi procurado "há algumas semanas".
"Eu nunca estive com Sérgio Moro até seis meses atrás, num encontro no aeroporto. Apertei a mão dele. Ele apertou a minha mão e foi embora. Bateu um papo comigo. Logicamente ficou meio estranha aquela situação. Mas 15 dias depois, ele ligou para mim e falei quase 20 minutos com ele. Eu estava no Piauí. Foi desfeito o mal-entendido. Falei que ele tinha que ter comportamento como aquele mesmo, porque afinidade com política poderia dar margem para criticas futuras", descreveu.
E continuou: "Fora isso, nunca conversei ou apertei a mão dele. Tenho profundo respeito por ele, o que me fez, acabando as eleições, convidá-lo para a gente bater uma papo e, quem sabe, acertar a vinda dele para a Justiça, o que ele aceitou. Assim como estava aberta a questão do Supremo (Tribunal Federal), no futuro". Pressionado a detalhar como feito o convite, disse que foi "Paulo Guedes que conversou com ele" e que não sabia da declaração de Mourão.
Ao falar da convivência com a Câmara e o Senado, afirmou que será preciso conversar com as casas para que a Reforma da Previdência saia aprovada. Sobre o crescimento da economia e criação de empregos, Bolsonaro declarou querer estimular o turismo: "Por que o Brasil não está entre os 40 países que mais recebem turista no mundo?"
Perguntado sobre a relação com a imprensa, disse que quem vai definir a sobrevivência de meios de comunicação é a população.