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Petistas usam escolha de Moro para reforçar tese de 'julgamento político' de Lula

Moro é o juiz responsável pela Operação Lava-Jato, em Curitiba, que prendeu o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no caso do tríplex, em Guarujá

Políticos e líderes petistas usaram as redes sociais para atacar o juiz Sérgio Moro após ele ter aceitado compor o corpo ministerial do presidente Jair Bolsonaro (PSL). Moro é o juiz responsável pela Operação Lava-Jato, em Curitiba, que prendeu o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no caso do tríplex, em Guarujá. Segundo os aliados de Lula, a escolha de Moro de compor o ministério reforça a tese de um suposto julgamento político contra a sigla.

Anunciada nesta quinta-feira (1;/11), por Bolsonaro, a nomeação de Moro para o Ministério da Justiça e Segurança Pública foi antecipada ontem pela colunista Sonia Racy, do jornal O Estado de S.Paulo.

O deputado federal Lindbergh Farias escreveu, no Twitter, que Moro "atuou com afinco" pra impedir a participação de Lula nas eleições deste ano. "Poucas coisas podem ser mais descaradas do que isto (Moro aceitar o convite de Bolsonaro). Sempre alertamos que Moro atuava como militante, e não como magistrado", acrescentou.

Já o deputado federal pelo Ceará José Guimarães compartilhou uma reportagem em que mostra o juiz aceitando o convite de Bolsonaro e escreveu: "Era tudo que podia acontecer. Fica claro o caráter político da Lava Jato".

Já Alexandre Padilha afirmou que a nomeação de Moro foi combinada durante a campanha e acusou troca de favores entre Moro e Bolsonaro. "Segundo Mourão, isso já estava combinado DURANTE a campanha, ou seja, Moro prendeu Lula, o principal adversário de Bolsonaro, e agora será ministro", escreveu.

Na mesma direção, o deputado federal Paulo Pimenta compartilhou uma capa do Estado em que moro afirma que "jamais entraria para a política" e, em outro tuite, afirmou: "A operação Mãos Limpas na Itália levou Berlusconi a governar a Itália. A #LavaJato levou Bolsonaro a ser eleito presidente. Mas os juízes e procuradores italianos tiveram pudor e não foram para o ministério de Berlusconi".