Paulo Silva Pinto
postado em 30/10/2018 18:16
O novo governo começa a tomar forma. O presidente eleito Jair Bolsonaro se reuniu logo cedo, nesta terça-feira com o deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS), futuro ministro da Casa Civil, e o futuro responsável pela área econômica, Paulo Guedes. No encontro, que aconteceu no Rio de Janeiro, foram decididas fusões de pastas. Os ministérios da Fazenda, Planejamento e Indústria, Comércio Exterior e Serviços serão reunidos no Ministério da Economia, formando um superministério sob o comando de Guedes. O Ministério do Meio Ambiente será extinto e os órgãos vinculados à pasta serão incorporados ao Ministério da Agricultura.
[SAIBAMAIS] "A razão de a indústria e do Comércio estar próximo da Economia é justamente para existir a mesma orientação econômica em tudo isso. Não adianta a turma da Receita ir baixando impostos devagar se a turma da Indústria e Comércio abrir tudo rápido. Isso tudo tem de ser sincronizado. Uma orientação única", disse Guedes.
A decisão é controversa. Para o economista-chefe da Opus Investimentos, José Márcio Camargo, a fusão na área econômica pode ser boa e ruim. "Depende da forma como for feita. Se for para diminuir a burocracia, é algo positivo. Se for manter estruturas redundantes, é ruim", explicou.
No caso da junção Meio Ambiente com a Agricultura, Camargi diz que a solução não parece ser a mais adequada. "Meio Ambiente é mais do que Agricultura, inclui muita coisa urbana, poluição. Essa área seria mais afeita à Ciência e Tecnologia, por exemplo".