O advogado Gustavo Bebianno deixou a presidência do PSL horas depois de o partido eleger Jair Bolsonaro para a Presidência da República. A saída de Bebianno do cargo foi publicada na edição desta segunda-feira, 29, do Diário Oficial e o posto voltará a ser ocupado por Luciano Bivar (PSL-PE), que havia se afastado da direção da sigla. Reeleito deputado federal, Bivar quer se cacifar para disputar a Presidência da Câmara.
Bivar estava afastado do comando do partido para se dedicar à sua campanha vitoriosa a deputado federal por Pernambuco e, por isso, estava em seu lugar Gustavo Bebianno, considerado o braço direito do presidente eleito. "O Bebianno é dedicado e fez bem o seu papel, atingindo o objetivo do partido de eleger Bolsonaro. Agora, o PSL precisa tomar corpo como partido político alinhado a Bolsonaro", disse Bivar à reportagem do Estadão/Broadcast.
Segundo Bivar, havia um acordo interno de que ele retornaria ao cargo após as eleições. "A nossa perspectiva é formar uma bancada forte com bastante unicidade para dar prosseguimento às reformas que a sociedade exige", afirmou.
Com a mudança, Bebianno volta a ser vice-presidente do PSL. Além disso, o advogado está entre os nomes cogitados para assumir o Ministério da Justiça no novo governo. A indicação, no entanto, ainda não tem sido confirma pelos integrantes do partido.
O próprio Bebianno tem dito que há outros "bons nomes" sendo cogitados para o cargo, como a ex-ministra do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Eliana Calmon e o juiz federal Sérgio Moro. Apesar disso, afirmou que ainda não houve nenhuma conversa com os dois sobre o assunto. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.