O PT, do presidenciável Fernando Haddad, vai liderar o maior número de estados. Serão, ao todo, quatro, todos da região Nordeste: Bahia, Ceará, Piauí e Rio Grande do Norte. O MDB, do presidente Michel Temer, e o PSB, foram os partidos que mais encolheram em termos proporcionais. Administravam cinco estados e, a partir de janeiro, passarão a ter o controle de três.
O MDB chefiará os estados do Alagoas, Pará e o Distrito Federal. O PSB governará Pernambuco, a Paraíba e o Espírito Santo. Outra legenda que também encolheu foi o PSDB. Atualmente, o estado governa quatro estados. Em 2019, passará a ter o comando de três: Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul e São Paulo.
A desaceleração tucana no poder dos estados está associada à ascensão do DEM. O partido do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (RJ), não governava nenhum estado e passará a comandar Goiás e Mato Grosso. Ambos estados são, atualmente, chefiados pelo PSDB.
O DEM é um dos novatos a administrar uma unidade da Federação. Outro partido que não tinha controle de nenhum estado e também governará dois é o PSC. A legenda foi vencedora em Amazonas e no Rio de Janeiro. Além das duas siglas e do PSL, o último novato é Novo, que chefiará Minas Gerais.
O PDT, do presidenciável Ciro Gomes, encolheu. Manterá a administração do Amapá, com a reeleição de Waldez Góes, mas perdeu o comando de Amazonas para o PSC. Outro partido que perdeu um assento foi o PP. Atualmente, governa Paraná e Roraima. A partir do próximo ano, passará a governar o Acre.
O PSD manteve dois estados. Reelegeu em Sergipe Belivaldo Chagas e faturou ainda no primeiro turno as eleições em Paraná, com a vitória de Renatinho Júnior. Perdeu, no entanto, o comando de Rio Grande do Norte para a petista Fátima Bezerra, única governadora a partir de 2019.
Outras duas legendas manterão o comando atual. É o caso do PHS, que reelegeu Mauro Carlesse em Tocantins, e do PCdoB, que reelegeu Flávio Dino no Maranhão.
Como é a divisão de poder nos estados:
MDB ; Alagoas (Renan Filho), Espírito Santo (Paulo Hartung), Rio Grande do Sul (José Ivo Sartori), Rio de Janeiro (Luís Fernando Pezão) e Santa Catarina (Eduardo Pinho Moreira)
PT ; Acre (Tião Viana), Bahia (Rui Costa), Ceará (Camilo Santana), Minas Gerais (Fernando Pimentel) e Piauí (Wellington Dias)
PSB ; Distrito Federal (Rodrigo Rollemberg), Paraíba (Ricardo Coutinho), Pernambuco (Paulo Câmara), Rondônia (Daniel Pereira) e São Paulo (Márcio França)
PSDB ; Goiás (José Eliton Júnior), Mato Grosso (Pedro Taques), Mato Grosso do Sul (Reinaldo Azambuja) e Pará (Simão Jatene)
PDT ; Amapá (Waldez Goés) e Amazonas (Amazonino Mendes)
PP ; Paraná (Cida Borghetti) e Roraima (Suely Campos)
PSD ; Rio Grande do Norte (Robinson Faria) e Sergipe (Belivaldo Chagas)
PCdoB ; Maranhão (Flávio Dino)
PHS ; Mauro Carlesse (Tocantins)
Como ficará:
PT ; Bahia (Rui Costa, reeleito), Ceará (Camilo Santana, reeleito), Piauí (Wellington Dias, reeleito) e Rio Grande do Norte (Fátima Bezerra)
MDB ; Alagoas (Renan Filho, reeleito), Distrito Federal (Ibaneis Rocha) e Pará (Hélder Barbalho)
PSB ; Espírito Santo (Renato Casagrande), Paraíba (João Azevêdo) e Pernambuco (Paulo Câmara, reeleito)
PSL ; Rondônia (Coronel Marcos Rocha), Roraima (Antônio Denarium) e Santa Catarina (Comandante Moisés)
PSDB ; Mato Grosso do Sul (Reinaldo Azambuja, reeleito), Rio Grande do Sul (Eduardo Leite) e São Paulo (João Doria)
DEM ; Goiás (Ronaldo Caiado) e Mato Grosso (Mauro Mendes)
PSC ; Amazonas (Wilson Lima) e Rio de Janeiro (Wilson Witzel)
PSD ; Paraná (Ratinho Júnior) e Sergipe (Belivaldo Chagas, reeleito)
PCdoB ; Maranhão (Flávio Dino, reeleito)
PHS ; Tocantins (Mauro Carlesse, reeleito)
PP ; Acre (Gladson Cameli )
PDT ; Amapá (Waldez Góes, reeleito)
Novo ; Romeu Zema (Novo)