No Amapá, eleitores tiveram que escolher entre candidatos envolvidos em imbróglios políticos, mas acabaram optando pela candidatura do atual governador do estado Waldez Góes (PDT). Por 52,34% a 47,66%. Waldez conseguiu 188.480 dos votos válidos, e se reelegeu ao pleito do estado, deixando para trás o senador João Capiberibe (PSB), que teve 171,641 dos votos.
Apesar de conseguir ir para o segundo turno com vantagem, tendo 33,5% dos votos válidos, enquanto o pessebista seguiu para o segundo turno com 30,1%, a eleição de Waldez foi inesperada. De acordo com a última pesquisa do Ibope, divulgada dia 26, Capiberibe tinha vantagem, com 53% das intenções de voto, ante aos 47% do atual governador.
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Aliado ao ex-presidente José Sarney (MDB), Waldez já governou o estado de 2003 a 2010, mas foi preso pela Operação Mãos Limpas, em 2010, acusado de desviar recursos públicos da Educação. No ano passado, O Superior Tribunal de Justiça (STJ) rejeitou a última ação penal contra o governador por entender que não haviam provas suficientes.
Já Capiberibe enfrentou problemas durante sua campanha e quase teve a candidatura vetada nas vésperas da votação, o que acabou atrapalhando a disputa para o senador. Isso porque, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu que o PT do Amapá, partido do vice de Capiberibe, não poderia disputar a eleição, devido à falta de prestação de contas em anos anteriores. Após liminar do ministro Og Fernandes, os votos do primeiro turno foram contabilizados e divulgados no fim da noite das votações.
E mesmo com a contagem de votos sendo validada, apenas no dia 16 de outubro o plenário do TSE decidiu que o senador do estado poderia continuar na disputa, desde que trocasse de vice. Com isso, o petista Marcos Roberto foi substituído por Andreia Tolentino da Silva (PSB). A confusão fez com que a propaganda eleitoral no Amapá para governador só começasse cinco dias após o início em outros estados.
* Estagiário sob supervisão de Anderson Costolli