A imprensa internacional destaca, neste domingo (28/10), as eleições no Brasil, mostrando a polarização entre os candidatos à Presidência da República - Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT) - e seus impactos no eleitorado que também reage com veemência.
Jornais, emissoras de televisão e agências ressaltam que o combate à corrupção e contra a violência predominaram nesta disputa.
O jornal norte-americano The New York Times avalia que o resultado das eleições deste domingo pode significar ;a maior mudança na política brasileira desde o fim da ditadura;.
O texto ressalta que o aumento da criminalidade, a economia em dificuldade e a corrupção dominaram o debate entre os dois candidatos ao Palácio do Planalto.
O jornal francês Le Monde menciona o que chama de ;liberalismo econômico e autoritarismo pretoriano;, referindo-se a Bolsonaro.
O italiano La Repubblica também destaca o candidato do PSL, informando que ele adotou um tom ;mais moderado; na reta final de campanha.
O Correio da Manhã, de Portugal, alerta sobre a ;divisão política; no Brasil e o risco de permanecer após as eleições.
O britânico The Observer ; versão dominical do The Guardian ; cita as incertezas da comunidade LGTB - Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais ou Transgêneros - a partir destas eleições.
Recessão
O espanhol El Pais publica reportagem sobre o momento político e econômico do Brasil. Para o jornal, o novo presidente vai herdar uma economia que deixou no retrovisor a recessão, mas que cresce em ritmo lento.
Além disso, a divisão política dificulta as reformas apontadas como necessárias. A agência internacional de notícias Reuters informa que caiu a diferença de votos entre Bolsonaro e Haddad.
Outra agência internacional, a Bloomberg, registra que a campanha foi ;marcada por ataques pessoais e violência;. A Associated Press diz que a palavra que guiou as eleições foi ;mudança.;
As emissoras de televisão Al Jazeera, do Catar, com transmissão para vários países, e as norte-americanas CNN e Fox News relatam hoje o favoritismo de Bolsonaro. Também informam que sua campanha destacou o combate à violência e corrupção.