Seguindo a linha do último debate para governador de São Paulo, os candidatos João Doria (PSDB) e Marcio França (PSB) fizeram uma discussão mais focada em propostas e com menos ataques e críticas no primeiro bloco do debate da TV Globo.
O atual governador, que está atrás do tucano nas pesquisas de intenção de voto, tentou trazer à baila temas polêmicos, como a alta rejeição de Doria entre eleitores da cidade que governou até abril e também o escândalo da Farinata, também conhecida como "ração humana", que Doria propôs servir como merenda nas escolas municipais. O tucano, no entanto, preferiu não entrar na discussão e focou em divulgar propostas.
Quando o assunto foi segurança pública, tanto Doria quanto França prometeram uma remuneração maior para as forças policiais do Estado e incremento dos equipamentos dos policiais militares e civis. O atual governador disse que seu compromisso com a corporação está representado por sua vice, a Coronel Eliane Nikoluk, e prometeu colocar câmeras em todas as cidades de São Paulo. Já o ex-prefeito disse que quer criar novos batalhões e bases comunitárias pelo Estado e prometeu acabar com as "saidinhas" dos presos dos presídios.
Sobre saúde, Doria prometeu levar dois programas da prefeitura para todo o Estado: "Corujão da Saúde", que utiliza a rede privada para realizar exames durante a madrugada, para todo o Estado, e o "Dia D", que leva exames oftalmológicos e odontológicos para crianças de escolas estaduais. Já França prometeu expandir os programas Leve Leite e Bom Prato e levar mais recursos às Santas Casas. "Para elas saírem dos bancos, que drenam seus recursos", disse.
Além de evitar polêmicas, Doria citou ainda duas vezes Geraldo Alckmin, seu padrinho político e ex-governador do Estado, e não citou nenhuma vez Jair Bolsonaro (PSL), candidato que apoiou no âmbito nacional e do qual tem tentado surfar a popularidade.