Candidato do PSDB ao governo paulista, o ex-prefeito João Doria divulgou nessa terça-feira, 23, uma gravação ao lado de sua esposa, Bia Doria, no qual nega que seja a pessoa que aparece em vídeos de sexo que circula nas redes sociais. Doria afirmou que o material é uma "produção grotesca" para atacá-lo na campanha.
Em pelo menos três vídeos diferentes que circulam no internet, há cenas de sexo envolvendo seis mulheres e um homem que na gravação foi identificado como sendo o tucano.
"Hoje eu vi um vídeo vergonhoso nas redes sociais, que foi produzido por alguém que só quer o meu mal e o mal da minha família. Uma produção grotesca. Fake news. Pedi a um perito criminal que verificasse essas imagens. Pedi também medidas judiciais e criminais contra os autores desse vídeo. Lamento muito que a campanha em São Paulo tenha chegado a esse nível de ferir a nossa família", disse o ex-prefeito.
O candidato do PSDB disse ainda que está sendo atacado por causa de sua posição nas pesquisas de intenção de voto. "Não imaginei que, pelo fato de estarmos liderando a campanha, o vale tudo começasse principalmente nesse nível nos últimos dias."
Embora Doria não tenha citado nominalmente Márcio França (PSB), seu adversário na disputa do segundo turno pelo Palácio dos Bandeirantes, a campanha do pessebista divulgou uma nota oficial de repúdio a uma acusação feita por integrantes da campanha tucana ao jornal O Globo.
Segundo o jornal, a campanha de Doria teria acusado o governador pelo vídeo.
"A assessoria de imprensa da campanha do candidato Márcio França (PSB) ao governo de São Paulo repudia de forma veemente a acusação feita pelo candidato João Doria de envolvimento na divulgação de um vídeo que circulou nesta tarde (23), nas redes sociais. A denúncia é tão grave quanto a violência da qual João Doria é vítima", disse a nota de França.
Em um vídeo divulgado nas redes sociais, o vereador Camilo Cristófaro (PSB) assumiu que divulgou a gravação e disse que ela foi feita por uma garota de programa que não teria recebido o cachê. Cristófaro, que chegou a ser cassado pela Justiça Eleitoral, é correligionário de França e participa de agendas da campanha do governador, que disputa a reeleição. O vereador manteve seu mandato após decisão no TRE-SP.