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Saiba os próximos passos da investigação do TSE contra chapa de Bolsonaro

WhatsApp diz colaborar com autoridades para dirimir suspeitas em relação ao envio de mensagens em massa. Segundo a empresa, "centenas de milhares" de contas que agiam contra as diretrizes foram canceladas durante o período de eleições


O WhatsApp notificou extrajudicialmente quatro empresas suspeitas de fazerem envio massivo irregular de mensagens durante o período eleitoral. O aplicativo recomendou que elas parem o envio e de usar números de celulares obtidos pela internet. Há a suspeita de que as agências venderam bases de usuários fornecidas por terceiros, de origem desconhecida, o que é ilegal. ;Estamos tomando medidas legais para impedir que empresas façam envio maciço de mensagens no WhatsApp e já banimos as contas associadas a estas empresas;, informou, em nota, o aplicativo.

No comunicado, a assessoria da empresa informou que foram canceladas também ;centenas de milhares de contas durante o período das eleições no Brasil;. ;Temos tecnologia de ponta para detecção de spam que identifica contas com comportamento anormal para que não possam ser usadas para espalhar spam ou desinformação;, acrescentou a nota. O aplicativo decidiu agir de forma proativa, mas já observa alguns pontos mesmo antes da campanha eleitoral, principalmente com o uso da inteligência artificial.

Uma das ações é a sinalização das mensagens que são encaminhadas, com o objetivo de mostrar ao leitor que o texto não foi escrito originalmente por quem remeteu. Os administradores dos grupos também têm mais poder e uma pessoa que saiu ou acabou removida muitas vezes é impedida de entrar novamente. Segundo o WhatsApp, a colaboração com as autoridades também é essencial, desde que não haja vazamento do conteúdo, protegido por criptografia. ;No entanto, a informação limitada que podemos conceder ajudou a prevenir e solucionar crimes;, afirma a nota da empresa. ;Estamos comprometidos em reforçar as políticas do WhatsApp igualmente e de forma justa para proteger a experiência do usuário;, disse a empresa.

A preocupação com as mensagens enviadas por meio eletrônico fez com que parcerias se realizassem. Representantes do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e do Centro de Defesa Cibernética do Ministério da Defesa se reuniram para discutir iniciativas para coibir a propagação de notícias falsas em período eleitoral. Professor da Universidade Federal de Minas Gerais, Fabricio Benevuto apresentou os sistemas de monitoramento desenvolvidos pelo grupo Eleições sem Fake, do qual é coordenador, para combater a disseminação de notícias falsas.

Ele afirmou que os sistemas desenvolvidos pelo grupo ;são inovadores, e ajudam a entender o fenômeno de desinformação que está ocorrendo no momento eleitoral;. O secretário-geral da Presidência do TSE, Estêvão Waterloo, afirmou que a Corte estuda firmar uma parceria com a universidade já para o segundo turno das eleições, e também para pleitos futuros.


Flávio e Dilma


Uma das situações envolvendo o WhatsApp e as eleições ontem veio com o senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ). No início do dia, ele afirmou que a conta pessoal dele no aplicativo havia sido bloqueada, mas explicou o caso mais tarde. O parlamentar negou ainda relação com as empresas responsáveis por disparos de mensagens em massa. ;Meu telefone, cujo WhatsApp foi bloqueado, é pessoal e nada tem a ver com uso por empresas. O próprio WhatsApp informou que o bloqueio foi há dias, antes da ;Fake News da Foice de SP;. Agora já foi desbloqueado, mas ainda sem explicação clara sobre o porquê da censura;, escreveu o senador eleito, na conta pessoal do Twitter dele.

Procurado, o WhatsApp confirmou que a conta de Flávio foi banida por comportamento de spam, mas afirmou que isso ocorreu há alguns dias. ;Não está relacionado às denúncias de ontem;, adiantou a empresa, se referindo à matéria da Folha de S. Paulo sobre a candidatura de Jair Bolsonaro (Leia mais na matéria abaixo). Outra conta ;pública; que foi banida por spam durante o período eleitoral foi o ;Dilmazap;, da campanha da ex-presidente, informou a empresa, em nota.


Movimentações o Facebook


No Facebook, rede social mais usada no Brasil, a Diretoria de Análise de Políticas Públicas da Fundação Getulio Vargas (FGV) destacou a confirmação da tendência de aproximação entre os volumes de interação dos presidenciáveis Jair Bolsonaro e Fernando Haddad, verificada na última semana. Entre 11 e 17 de outubro, ;na página do candidato do PSL, o engajamento registra queda de 34%, chegando a 8,78 milhões de comentários, compartilhamentos e reações. Em movimento contrário, Haddad teve engajamento 20% superior, com um total de 5,65 milhões de interações;.