Renato Souza
postado em 19/10/2018 20:33
O corregedor-geral eleitoral do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Jorge Mussi, decidiu, na noite desta sexta-feira (19/10), abrir ação de investigação contra a campanha do candidato Jair Bolsonaro, que concorre à Presidência pelo PSL. O presidenciável é suspeito de ter recebido o apoio financeiro de empresários para a compra de pacotes de envio em massa de mensagens pelo aplicativo WhatsApp.
O corregedor-geral determinou ainda, com base no pedido do PT, investigação contra o candidato a vice, general Hamilton Mourão, e os empresários envolvidos. No entanto, foi negado o pedido para ações de busca e apreensão em endereços ligados aos envolvidos. O ministro não se manifestou, neste momento, sobre a solicitação de quebra de sigilo eletrônico de agências acusadas de realizarem os envios das mensagens.
Na decisão, Jorge Mussi concede o prazo de cinco dias para que Bolsonaro se manifeste.
Inquérito na PF
A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, pediu para a Polícia Federal abrir inquérito para "apurar se empresas de tecnologia da informação têm disseminado, de forma estruturada, mensagens em redes sociais referentes aos dois candidatos que disputam o segundo turno das eleições para presidente da República". Portanto, o pedido de Dodge se refere ao candidato Jair Bolsonaro e ao seu oponente na disputa, Fernando Haddad.
De acordo com o Ministério Público, a solicitação foi realizada por meio de ofício enviado ao ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann.