O PT entrou no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com uma ação de investigação contra o candidato à PresidênciaJair Bolsonaro (PSL) e empresas apontadas como responsáveis por bancar a disseminação de mensagens contra a campanha do PT pelas redes sociais. O partido do presidenciável Fernando Haddad (PT) pede à Corte eleitoral que declare a inelegibilidade de Bolsonaro para os próximos oito anos após a eleição atual.
A representação tem como base reportagem do jornal Folha de S.Paulo, que informou que empresários estão comprando pacotes de disparos em massa de mensagens pró-Bolsonaro e contra o PT no aplicativo WhatsApp.
No documento, o PT, representado pela coligação "Brasil Feliz de Novo", acusa os envolvidos de tentarem mudar o curso normal das eleições. "A conduta dos representados é dotada de evidente gravidade, pois atenta contra elementos basilares da democracia ao influenciar, em situação de evidente abuso do poder econômico e dos meios de comunicação digital, o resultado do pleito eleitoral", diz um trecho do documento.
Além de pedir a investigação, o partido pede que Bolsonaro seja declarado inelegível por oito anos. Os autores da ação também querem que ocorra busca e apreensão nas empresas acusadas de envolvimento no suposto esquema e a retenção dos registros contábeis das agências.
O PT pede à Justiça Eleitoral ainda que seja decretada busca e apreensão de documentos na sede da Havan e na residência de Luciano Hang, dono da empresa, apontado pelo jornal como um dos responsáveis pelo pagamento do conteúdo. Além disso, a legenda de Haddad quer que o aplicativo WhatsApp seja determinado a apresentar em 24 horas um plano de contingência para suspender o disparo em massa de mensagens ofensivas ao presidenciável petista.
No pedido, o TSE é cobrado para requerer a Luciano Hang documentação sobre eventual contribuição feita em apoio a Jair Bolsonaro. Em caso de negativa, a ação pede que seja expedido mandado de prisão contra o empresário. O partido pede também a oitiva e a quebra de sigilo bancário, telefônico e telemático dos citados na ação, que também engloba outras empresas apontadas como responsáveis pela onda de mensagens na rede social.
Com informações da Agência Estado