Candidatos ao governo do Estado de São Paulo usaram o primeiro programa eleitoral para se atacarem. João Doria (PSDB) acusa seu adversário de ser "esquerdista" e de defender Lula e o PT. Doria também afirmou que defende o presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) e condena Fernando Haddad (PT). Já Márcio França (PSB) afirmou que o candidato tucano "mente" e "não tem palavra" e "não cumpre seus compromissos". Paulo Skaf (MDB), que ficou em 3º lugar no primeiro turno, apareceu na propaganda apoiando o pessebista.
No primeiro programa eleitoral de televisão, o candidato a governador João Doria diz que "defende Bolsonaro" e "condena Fernando Haddad". O tucano usou a propaganda para colar em seu adversário, Márcio França (PSB), a pecha de socialista e de ser de um partido que já defendeu governos petistas, o ex-presidente Lula e Cuba. "A história do Márcio França é muito diferente da minha. Márcio França é esquerdista, um genérico do PT. Não podemos nos deixar enganar por alguém desconhecido, que agora você vai descobrir, nesse segundo turno, que é um lobo em pele de cordeiro", disse Dória.
Doria também afirmou que a única coisa que o seu adversário tem para criticá-lo é o fato de não ter cumprido o seu mandato na Prefeitura. "Eu não roubei, não vivi da política...". Na propaganda, Doria insinua que decidiu ser candidato ao governo para evitar a vitória de França. "Nossa Estado vai ficar na mão de quem? Márcio França? E fui para briga..." O candidato tucano também declarou que defende a Lava Jato e o juiz Sergio Moro. Ele também afirmou ser a favor da redução da maioridade penal e de bandido na cadeia.
No programa de Marcio França (PSB), após uma sequência de depoimentos de apoiadores criticando Doria, dizendo que ele é um "candidato sem palavra", o atual governador ataca o tucano. "São Paulo não aceita quem mente, quem não cumpre seus compromissos e trai os amigos por conveniência e coloca suas ambições acima de tudo", afirma França. "Meu adversário não tem limites. O povo não suporta mais isso."
O programa traz também um depoimento de Paulo Skaf (MDB), terceiro colocado na corrida pelo governo estadual no primeiro turno. "Precisamos de educação de qualidade, segurança de verdade, gerar empregos, melhorar a saúde. Por isso, já tomei minha decisão: meu voto é Marcio França", diz Skaf.