Novo articulador político da campanha de Fernando Haddad (PT) à Presidência, o senador eleito pela Bahia Jaques Wagner disse que o presidenciável está pronto para um debate "mano a mano" com Jair Bolsonaro (PSL) no segundo turno da eleição.
"Quem é faixa preta de taekwondo deve saber dar alguns golpes quando precisa fazer um enfrentamento mais duro", disse Wagner durante coletiva de imprensa ao lado de governadores aliados a Haddad, em São Paulo. O candidato do PT ao Planalto é faixa preta na arte marcial.
Depois de dizer que o discurso de Haddad como substituto de Lula já cumpriu seu papel, o baiano afirmou que a estratégia agora será mostrar "quem é o professor Haddad, o marido Haddad, o tocador de violão".
Mercado financeiro
Após o governador do Ceará, Camilo Santana (PT), defender que Haddad se afaste da "marca" do partido e faça acenos ao mercado financeiro, outros aliados do presidenciável cobraram que o discurso se mantenha nos moldes atuais.
"O mercado vai dizer quem quer, mas vai conviver com quem for eleito. O candidato do mercado é o do PSL, nós vamos provar que o candidato do Brasil é o Haddad", disse Jaques Wagner. "O mercado se curvará a quem for eleito", destacou.
Na mesma linha, o governador da Bahia, Rui Costa, declarou que "o melhor aceno para o mercado é sinalizar que nós queremos a união do povo brasileiro." Os governadores Rui Costa, Wellington Dias (PI), Flávio Dino (Maranhão) e o próprio Camilo Santana estiveram hoje com Haddad em São Paulo para definir estratégias da disputa presidencial nos Estados.