A apuração dos votos das eleições gerais deste domingo (8/10) mostrou a fragilidade das pesquisas de intenção de voto realizadas no Brasil pelos dois principais institutos especializados no assunto, Ibope e Datafolha. No Rio de Janeiro, Distrito Federal, em Minas Gerais e São Paulo, os resultados nas urnas destoaram em relação aos últimos levantamentos.
No sábado, o Ibope apontava 42% das intenções de votos válidos para o governo de Minas em Antonio Anastasia (PSDB), contra 25% de Fernando Pimentel (PT) e 23% de Romeu Zema (Novo). Também na véspera da eleição, os números do Datafolha erraram feio: Anastasia teria 40% dos votos válidos, contra 29% de Pimentel e 24% de Zema. No final da apuração dos votos, Zema chegou ao segundo turno com 42,7% e vai enfrentar Anastasia, que conquistou 29% do eleitorado.
A fragilidade das pesquisas também foi bem perceptível no Rio. O líder ao governo fluminense no primeiro turno, Wilson Witzel (PSC), com 41,3% dos votos, aparecia no Ibope com 12% dos votos válidos e com 11% no DataFolha. Eduardo Paes (DEM) liderava as pesquisas, com 32% pelo Ibope. O democrata encerrou a etapa com 19,56% dos votos.
No DF, outra surpresa. Ibaneis Rocha (MDB) encerrou as pesquisas com 42% dos votos, em linha como previa o Ibope, que apontava 43%. No entanto, a surpresa ficou por conta do posto de segundo melhor colocado. Eliana Pedrosa (PROS) era apontada com 14% dos votos. Após o fim das eleições, ela obteve metade do previsto anteriormente pelas pesquisas. O segundo turno será disputado com Rodrigo Rollemberg (PSB), que obteve 13,9% dos votos.
Em São Paulo, mais um resultado que destoou do resultado nas urnas. Márcio França (PSB) aparecia nas pesquisas com 18% dos votos. Mas obteve 21,5% dos votos e irá ao segundo turno contra João Doria (PSDB), que obteve 31,8%, em linha com os levantamentos dos principais institutos. Paulo Skaf (MDB), que aparecia com 30% dos votos, obteve, ao fim do primeiro turno, 21%.
(Com informações do Estado de Minas)