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A maioria dos candidatos à Presidência da República votou logo cedo, na manhã deste domingo (7/10), no primeiro turno das eleições de 2018. Os candidatos bem posicionados nas pesquisas de intenções de votos demonstram confiança para irem ao segundo turno. Já os presidenciáveis em baixa nos levantamentos, já falam em quem apoiarão em um possível segundo turno.
Ciro Gomes (PDT)
O candidato do PDT, Ciro Gomes, votou em Fortaleza. Na chegada à zona eleitoral, Ciro foi recebido por sua neta Maria Clara e disse estar confiante de ir ao segundo turno das eleições.
"Vou no segundo turno fazer uma campanha diferente de todas as que o Brasil já assistiu, porque se eu chego ao segundo turno é porque o povo brasileiro decidiu derrotar os poderosos do baronsto financeiro, banqueiros, dos partidos políticos tradicionais, da roubalheira, da concentração de mídia e portanto é uma revolução que o povo brasileiro está pedindo", disse. "O que eu vou fazer é uma revolução no Brasil", completou.
Fernando Haddad (PT)
Fernando Haddad (PT) votou às 9h50, na Brazilian International School, em Indianópolis, bairro da zona sul de São Paulo. Ele foi recebido com aplausos e gritos de apoio por cerca de 50 militantes. Haddad estava acompanhado da esposa, Ana Estela. Com forte esquema de segurança, o candidato teve um pouco de dificuldade para acessar a sala de votação.
À imprensa, ele disse estar confiante que passará para o segundo turno e falou que espera um dia de tranquilidade e de respeito à diversidade. ;No segundo turno, você tem mais tempo de comparar projetos, mais tempo de diferenciar as propostas dos candidatos e, se confirmar o prognóstico das pesquisas, são dois projetos tão diferentes que vai ficar mais fácil para o cidadão optar no segundo turno;.
Haddad falou ainda que respeitará o resultado das eleições, independentemente do resultado. ;Democracia não se celebra a vitória ou derrota, você celebra a vontade popular. Se a vontade popular se expressou livremente é uma festa, qualquer que seja o resultado. Quem não coloca o povo acima de suas pretensões pessoais é que tem esse tipo de atitude. A vontade popular vem sempre acima de tudo;, defendeu.
Guilherme Boulos (PSol)
O candidato do PSOL, Guilherme Boulos, votou no bairro de Perdizes, em São Paulo. Acompanhado da mulher Natália Szermeta e das filhas, Boulos foi recebido na entrada da PUC São Paulo por correligionários e apoiadores.
As imagens do candidato com a família foram divulgadas nas redes sociais. ;Não deixe manipularem seu voto nem com ódio nem com medo. Vote no que acredita;, apelou o candidato na sua conta no Twitter.
Henrique Meirelles (MDB)
O candidato à Presidência da República pelo MDB, Henrique Meirelles, votou por volta das 9h40 da manhã, no Colégio Rio Branco, no bairro de Higiénópolis, região central da capital paulista. Meirelles fez o sinal de vitória e disse que isso representava a confiança no povo brasileiro e na democracia.
;O Brasil hoje está exercendo o grande direito de votar e como já dizia a sabedoria política brasileira de algumas décadas, eleição e mineração só depois da apuração. Então nós estamos empenhados principalmente em levar a mensagem que é principalmente a da verdade. Nossa grande ideia, nessa eleição, é a de que eu posso não ganhar seu voto, mas vou ganhar seu respeito. Isso é fundamental. O que o Brasil está precisando no momento é respeito;, disse.
Álvaro Dias (Podemos)
O candidato do Podemos à Presidência da República, Alvaro Dias, votou no Colégio Mãe de Deus, em Londrina, no Paraná. Após a votação, ele concedeu uma entrevista coletiva em que se disse preocupado com a desigualdade acentuada no país e que se apresenta de modo mais claro durante as eleições.
Segundo o candidato, a forma como se faz política no Brasil privilegia apenas alguns em detrimento de outros. De acordo com ele, a campanha é ;antidemocrática, desonesta e injusta;, porque nem todos os candidatos têm as mesmas oportunidades para participar de entrevistas e debates.
Com um discurso de quem demonstra não ter confiança que irá para o segundo turno, Alvaro Dias afirmou que o país deve entrar em uma nova etapa. ;Iniciar um tempo que é possível fazer muito mais e colocando na cadeia quem rouba;.
João Goulart Filho (PPL)
O candidato à Presidência da República pelo PPL, João Goulart Filho, votou em uma escola infantil em Brasília. Segundo ele, caso não siga para o segundo turno, na próxima terça-feira (9/10) haverá uma reunião partidária para definir quem a legenda apoiará na disputa do dia 28.
Nas redes sociais, o candidato apelou para a consciência do eleitor. ;Vote pelo aumento real do salário mínimo, pela distribuição de renda e pela autonomia nacional. Apoie quem luta pela maior riqueza do Brasil: o povo trabalhador;.
Em entrevista ao jornal chileno La Terceira, João Goulart Filho destacou a importância de todos unirem força para ;impedir o retrocesso;.
Geraldo Alckmin (PSDB)
O candidato à Presidência Geraldo Alckmin (PSDB) votou às 10h40 no Colégio Santo Américo, bairro do Morumbi na capital paulista. Ele chegou acompanhado do candidato ao governo de São Paulo, João Doria, da esposa, dos filhos e de apoiadores. ;Hoje é o dia maior da democracia. Não há poder legítimo que não seja através da liberdade, democracia ; o grande valor, o grande princípio é o governo do povo. Portanto, hoje quem fala é o eleitor. A nós, cabe aguardar o resultado das urnas com muita confiança;, declarou.
Mesmo estando em quarto lugar nas pesquisas eleitorais, o candidato disse ter boas expectativas. ;Eleição é em dois turnos. Nós embolados no terceiro lugar. Vamos aguardar o resultado;, disse. Alckmin preferiu não comentar sobre possíveis apoios ao segundo turno.
João Amôedo (Novo)
O candidato à Presidência pelo partido Novo, o empresário João Amoedo, disse que não vê "possibilidade de apoiar o PT" em um possível segundo turno. Já um provável apoio ao adversário do PSL, Jair Bolsonaro, será definido pelo partido a partir da análise do seu programa de governo.
"O que vai pautar qualquer decisão é a pauta de trabalho. A gente precisa entender um pouco mais as ideias do Bolsonaro", disse Amoêdo, após votar na Associação Atlética do Banco do Brasil (AABB), na zona sul carioca. Ele chegou ao local às 10h, acompanhado da mãe e de duas das três filhas.
Ao fim da campanha, a avaliação do candidato sobre o desempenho do partido é positivo. "Na promissora eleição já despontamos como uma força política. Nas pesquisas, ficamos à frente de candidatos tradicionais e de partidos que estão há muito tempo gastando dinheiro público. Tudo isso mostra o desejo da população de renovação", afirmou o candidato, acrescentando que tem expectativa de receber mais votos do que o candidato do PSDB, Geraldo Alckmin.
Marina Silva (Rede)
A candidata à Presidência da República da Rede, Marina Silva, votou às 9h40, horário do Acre (11h40, horário de Brasília), na sede do Incra, em Rio Branco. Acompanhada do marido Fábio e de uma das irmãs, ela reiterou que o ;Brasil não precisa ficar entre a cruz da corrupção e a espada da violência;.
Marina Silva afirmou que, em 2014, as eleições foram atingidas pelas denúncias de corrupção e uso de caixa 2. Ao citar o assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL-Rio) e o atentado contra o candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, ela, disse que a ameaça este ano está concentrada na violência.
Confiante de que irá para o segundo turno das eleições, Marina Silva não disse quem pode vir a apoiar. De acordo com ela, esse tipo de decisão só deve ser anunciada depois de proclamado o resultado das urnas pela Justiça Eleitoral.
Cabo Daciolo (Patriotas)
O candidato à Presdência, Cabo Daciolo (Patriota), votou às 10h40 no Colégio MV1, no Recreio dos Bandeirantes, bairro do Rio de Janeiro.
Acompanhado da esposa, Cristiane, dos três filhos, de pais, irmãos e de colegas bombeiros, Daciolo evitou falar sobre os possíveis cenários do segundo turno.
O candidato chegou ao local, com a Bíblia nas mãos. Segundo sua esposa, Daciolo ajudou uma cadeirante no deslocamento até a urna.
Com informações da Agência Estado e Agência Brasil