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Mourão volta a criticar o 13° salário: 'Todos saímos prejudicados'

O vice na chapa de Jair Bolsonaro (PSL), general Hamilton Mourão, voltou a criticar o direito trabalhista, segundo jornal. Declaração anterior sobre o tema gerou conflitos com Bolsonaro

O vice na chapa presidencial de Jair Bolsonaro (PSL), general Hamilton Mourão (PRTB) voltou a criticar o 13; salário nesta terça-feira (2/10).
Instigado a explicar uma declaração anterior sobre o tema, feita na semana passada, Mourão disse: "O 13; eu simplesmente disse que tem que ter planejamento, entendimento de que é um custo. Na realidade, se você for olhar, seu empregador te paga 1/12 a menos (por mês). No final do ano, ele te devolve esse salário. E o governo, o que faz? Aumenta o imposto para pagar o meu. No final das contas, todos saímos prejudicados", afirmou o militar no aeroporto de Congonhas, em São Paulo.

A declaração foi dada à Folha de S. Paulo. Segundo o jornal, o candidato a vice continuou a dizer que ;se você recebesse seu salário condignamente, você economizaria e teria mais no final do ano".
Esta não é a primeira vez que o general faz críticas ao direito trabalhista, previsto na cláusula pétrea da Constituição. Em 27 de setembro, Mourão questionou o 13; durante uma palestra no Rio Grande do Sul, como noticiou em primeira mão o Blog da Denise, do Correio Braziliense. A repercussão foi negativa e a agenda pública do vice foi cancelada até o primeiro turno das eleições, em 7 de outubro.
Na ocasião, Bolsonaro escreveu em sua conta do Twitter que o 13; está previsto no artigo 7; da Constituição, e criticá-lo seria, ;além de uma ofensa a quem trabalha;, uma demonstração de desconhecimento da lei.


"Acordo nacional"

Nesta terça, Mourão afirmou que sabe que se trata de um direito garantido. "Não pode acabar. O que eu mostrei é que tem que haver um planejamento. Você vê empresa que fecha porque não tem como pagar. O governo tem que aumentar imposto e agora já chegou no limite, e não pode aumentar mais nem emitir títulos. Uma situação complicada."
O general também falou que a única possibilidade de mexer no direito seria um "amplo acordo nacional para aumentar salários".